quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

POR QUE TRAVAMOS SOB PRESSÃO ?


28/02/19 - 

 

Estamos acostumados a pensar no estresse – e em qualquer coisa que cause estresse, como precisar agir sob pressão – sempre como uma coisa negativa. O que a psicologia e a neurociência sabem há muito tempo, porém, é que estressores podem ser incômodos, mas podem ter suas vantagens.
Já falamos há um tempo, por exemplo, da relação entre ansiedade e incentivo que faz pessoas ansiosas tomarem decisões melhores. Mas não é só o raciocínio que pode ficar mais rápido quanto a coisa fica tensa.
Quanto maior a recompensa de um desafio, em geral, melhor a nossa performance nele: até a coordenação motora costuma melhorar.
Mas isso até certo ponto. Quando a pressão é alta demais, e há muito a ganhar (e a perder), a maioria das pessoas trava – e a habilidade cognitiva piora.
Esse fenômeno já foi amplamente registrado em atletas: quanto mais acirrada uma disputa, mais eles vão superando suas próprias capacidades até que pá – eles atingem o limite de pressão que conseguem suportar e, rapidamente, o desempenho vai caindo. A situação é conhecida, em inglês como “choking point”, o ponto em que o atleta metaforicamente “engasga”.
Uma nova pesquisa entendeu melhor o que acontece no cérebro quando atingimos o tal choking point. E o mesmo estudo ajudou a entender porque, afinal, o corpo parece responder tão bem a desafios até esse limite.
Existe uma área envolvida no controle motor chamada corpo estriado ventral. O corpo estriado em si é uma região que se mete em todo o tipo de atividade cognitiva que você desenvolve: aprender, tomar decisões, fazer planos e torná-los realidade, mas também motivação, reforço e percepção de recompensa.
Muitos desses processos diários acontecem sem que você perceba. E, segundo estudos de neuroimagem, a maior parte dessas etapas envolve uma atividade razoável do corpo estriado.
Nessa região, existe a tal da área ventral, que é ligado ao sistema límbico – a região mais conectada com as nossas emoções. De tudo isso, os cientistas tiram que a região ventral do corpo estriado, portanto, tem tudo a ver com o “controle motor emocional” – o que pode ajudar a explicar porque a pressão e o estresse tem um efeito tão claro sobre a coordenação motora, por exemplo.
Agora, de volta ao choking point. Em um experimento recente de imagem, cientistas foram desafiando voluntários em pequenos jogos, nos quais eles podiam ganhar recompensas cada vez maiores (mas onde o risco de perder o que eles tinham por um mero errinho também subia).
O joguinho, vale dizer, era uma tarefa tanto física quanto mental: exigia coordenação motora para clicar nos lugares certos. A performance dos participantes ficava melhor quanto maior a recompensa, como já vimos: eles cometiam menos erros na brincadeira quando iam ganhar mais. Até, claro, a pressão ficar grande demais. E aí eles erravam muito mais do que no início.
Olhando para a atividade cerebral dos participantes, os cientistas perceberam que o corpo estriado ventral vai ficando cada vez mais ativo conforme o desafio aumenta. Mas, quando o medo de perder fica grande demais, a atividade diminui – e a conexão com o controle motor no cérebro também cai.
O que os pesquisadores observaram é quase que uma queda de disjuntor na sua casa. Quando você aumenta demais a demanda energética do sistema – ligando aparelhos demais de uma vez – o disjuntor interrompe o fornecimento de energia para proteger a estrutura como um todo. Os cientistas acreditam que estão vendo um fenômeno parecido no cérebro dos participantes.
Falta muito para entender o fenômeno completo. Tudo indica que a conexão com o sistema límbico seja importante aí: você tem o medo piorando as habilidade e a queda das habilidades deixando o participante com ainda mais medo de perder… E aí, não tem jeito: você trava, mesmo.

Fonte: Superinteressante

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

COMO PLANEJAR SEU DIA PARA APROVEITAR O MELHOR DESEMPENHO DO CÉREBRO ...


21/02/19 - 10:27

 

Nossos cérebros não são máquinas que funcionam perfeitamente. Nossas respostas físicas aos eventos do dia a dia não são sempre consistentes. Intuitivamente, você provavelmente percebe que perde a concentração depois de comer. Mas nossas respostas neurológicas flutuam muito mais do que apenas após o almoço.
Como podemos saber se a resposta do cérebro está mudando ao longo do dia de trabalho? E se soubéssemos quando ele atinge o pico de desempenho, planejaríamos o dia de forma diferente? Ao prestar atenção às diferenças neurológicas, é possível "enganar" seu cérebro para trabalhar melhor?
Programe o estresse para a manhã
Ser uma pessoa diurna ou noturna depende de muitos fatores: idade, sexo, questões sociais e ambientais. Evidências indicam que se você não é um tipo diurno, é melhor não forçar a se tornar um.
Apesar da pregação de executivos bem-sucedidos e de algumas celebridades que seguem rígidas rotinas de malhação, mudar seu padrão de sono não resulta, necessariamente, em melhor desempenho se esse não for seu ritmo natural.
No entanto, a manhã ainda é uma parte muito importante do dia. Um estudo com profissionais japoneses descobriu que respondemos melhor a eventos estressantes nesse período. Os trabalhadores foram submetidos a um teste de estresse duas ou 10 horas depois de acordar.
Dessa forma, os pesquisadores analisaram a resposta a tarefas estressantes no início e no final da jornada de trabalho. O estudo constatou que os níveis de cortisol dos trabalhadores aumentaram significativamente após o teste inicial, mas não após o último.
"O cortisol desempenha um papel importante na proteção do corpo", diz Yujiro Yamanaka, professor da Universidade de Hokkaido, no Japão. "O cortisol é o principal hormônio envolvido na resposta de 'lute ou fuja'."
Sem a liberação de cortisol, partes importantes da resposta neural não acontecem. Por exemplo, o cortisol regula a pressão sanguínea e aumenta os níveis de açúcar no sangue. Isso garante que, quando você está estressado, não fique em pânico, mas que mantenha sua presença de espírito e tenha energia para fazer algo a respeito.
O hormônio também restaura o equilíbrio após um evento estressante, o que significa que você conseguirá se acalmar novamente depois de uma manhã de alta pressão. Se o episódio ocorresse à noite, você continuaria se preocupando com ele.
Passar continuamente por situações estressantes no final do dia pode resultar em problemas de saúde de longo prazo, como obesidade, diabetes tipo 2 e até depressão, alerta Yamanaka. "O melhor seria evitar eventos estressantes à noite se você puder."
Encontre o seu pico da tarde
Os níveis de cortisol podem ser mais altos no período da manhã para nos ajudar a lidar com o fato de acordar cedo. "Nem todas as pessoas são mais eficazes de manhã", diz Cristina Escribano Barreno, psicóloga da Universidade Complutense de Madri. "Provérbios como 'Deus ajuda quem cedo madruga' reforçam que nossas vidas profissionais ocorrem de manhã, então as pessoas que preferem a manhã têm uma vantagem."
Nossos corpos nos preparam para as tensões do dia logo depois de acordar - por isso, é melhor aproveitar ao máximo enquanto você tem essa vantagem química. No entanto, para algumas tarefas, nossos corpos demoram para acelerar. O desempenho em tarefas simples, como fazer contas de cabeça, está relacionado à temperatura corporal - quanto mais elevada, melhor.
Geralmente, nossos corpos estão mais quentes no início da noite - então, seria melhor adiar as tarefas mentais simples para este momento do dia. Esse ritmo diário é controlado pelo nosso relógio circadiano, o que significa que nossa preferência por levantar cedo ou tarde tem um leve efeito sobre esse padrão.
"Em pessoas diurnas, esse pico aparece um pouco mais cedo e, para as noturnas, um pouco mais tarde", diz Konrad Jankowski, psicólogo da Universidade de Varsóvia, na Polônia. "Mas geralmente essa diferença de horário não é enorme - no máximo de algumas horas."
O aumento da temperatura corporal - que ocorre naturalmente durante o dia - também aumenta a atividade metabólica no córtex cerebral, acelerando os processos cognitivos.
"Alguns estudos mostraram que a temperatura cerebral mais alta está relacionada à transmissão sináptica mais rápida", diz Jankowski. "Aumentos artificiais na temperatura do corpo também podem aumentar o desempenho, mas apenas até níveis ligeiramente superiores a 37 graus centígrados. Um cérebro em ebulição não funciona bem."
Sonolência, estado de alerta, memória de curto prazo e até desempenho no exercício físico estão todos ligados ao ritmo da temperatura corporal, diz Jankowski. Mas isso não significa, necessariamente, que a temperatura afete diretamente todos esses processos.
"É mais o relógio circadiano que afeta a temperatura e outras funções. Então, com base em nosso perfil de temperatura, podemos prever nosso desempenho", explica o pesquisador. "Por exemplo, temos um risco maior de acidentes no início da manhã porque a temperatura do corpo está mais baixa, o que se traduz em níveis de sonolência mais altos e estado de alerta mais baixo."
Respeite seu ciclo de sono
Para tarefas mais complexas, no entanto, a melhor hora do dia depende de você ser uma pessoa diurna ou noturna. O mais importante é isolar-se das distrações - e é melhor fazer isso de acordo com seu ciclo de sono.
"Pessoas que precisam realizar tarefas muito complexas, que exigem distanciamento de distrações, geralmente escolhem horas extremas, quando o resto do mundo está dormindo", acrescenta Jankowski. "Para as pessoas diurnas, isso seria de manhã cedo antes que os outros estejam acordados. Para as noturnas, o momento em que os outros já foram dormir."
Podemos dizer que situações de trabalho estressantes, como fazer apresentações ou lidar com conflitos, devem ser priorizadas para o início do dia, o que permite voltar a níveis normais de estresse e ao trabalho depois. E isso lhe garante tempo para se concentrar em tarefas mais solitárias que exigem foco mental no final do dia. Mas permita-se um pouco de flexibilidade se você souber que é uma pessoa diurna ou noturna.
Às vezes, a melhor maneira de preparar o cérebro para o dia de trabalho pode ser no conforto da sua própria cama.

Fonte: G1

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

COMO A PÍLULA AFETA O CORPO DAS MULHERES ? ....


20/02/19 - 

 

Ao introduzir hormônios sintéticos no organismo da usuária, a pílula age, de diferentes modos, sobre os órgãos influenciados por essas substâncias. Há dois tipos de pílulas: as combinadas, compostas de dois hormônios, estrogênio e progestagênio, e as monofásicas, só com progestagênio, indicadas para mulheres que estão amamentando ou que buscam uma opção mais branda.
As pílulas anticoncepcionais começaram a ser vendidas nos anos 1960 nos EUA e hoje são o método contraceptivo mais utilizado no mundo. Profissionais da saúde têm opiniões variadas a respeito. Para Zsuzsanna Jármy Di Bella, professora de ginecologia da Unifesp, a pílula é um método contraceptivo seguro para evitar a gestação em mulheres sexualmente ativas. “Desde que a usuária inicie a pílula com orientação médica adequada, os riscos são baixos”, afirma ela.
Já Halaina Faria, ginecologista do Coletivo Feminista Sexualidade e Saúde, de São Paulo, acredita que é necessário buscar alternativas. “As mulheres têm percebido uma negligência na oferta de métodos não hormonais, pois passam suas vidas escutando que precisam usar pílula, como se o corpo dependesse disso”, analisa.
A seguir, entenda como os hormônios contraceptivos interferem em diferentes aspectos da saúde da mulher:
1. Doenças cardiovasculares
Pesquisas apontam que a pílula pode causar uma resistência do organismo às proteínas C-reativas, que são anticoagulantes naturais. Com o anticoncepcional, o sistema circulatório pode ficar desequilibrado e propício a criar coágulos. O risco para trombose venosa pode ser até seis vezes maior e o de trombose arterial, AVC e enfarte agudo do miocárdio até duas vezes maior.
Na opinião da professora de ginecologia da Unifesp Zsuzsanna Jármy Di Bella, na prática as usuárias correm pouco risco, pois esses eventos são raros na faixa etária de uso de pílula. De qualquer forma, o acompanhamento médico é sempre necessário.
2. Retenção de líquido
O fígado contém células chamadas de hepatócitos, que produzem enzimas responsáveis pela metabolização das substâncias presentes no sangue, como gorduras, proteínas, vitaminas e hormônios (como no caso da pílula). Nas usuárias de pílulas combinadas, o fígado fica sobrecarregado trabalhando para absorver o anticoncepcional, deixando de eliminar grande parte do sódio presente no nosso organismo. O sódio controla a entrada e a saída da água em nossas células e, em alta quantidade, faz com que essas células fiquem com pouca água, concentrando o líquido em outras partes do corpo.
3. Libido menor
Nas não usuárias de pílula, a testosterona, hormônio responsável pelo nosso desejo sexual e produzido naturalmente pelo corpo, varia em quantidade a cada mês. Com a pílula, o hormônio natural é substituído pelo sintético, o progestagênio, que tem quantidade regular. Algumas pílulas podem diminuir o nível de testosterona livre circulante nos vasos sanguíneos, e muitas mulheres relatam uma diminuição da libido e da lubrificação natural da vagina. Essa lubrificação acontece quando a mulher sente tesão e serve para facilitar a entrada do pênis.
4. Músculos bombados
Por causa da presença de hormônios andrógenos como os estrogênios, um hormônio predominantemente masculino, os músculos podem se desenvolver mais facilmente do que nas mulheres que não tomam pílula.
5. Menos TPM
Um dos fatores que agravam a tensão pré-menstrual, a famosa TPM, é a irregularidade na produção dos hormônios estrogênio e progesterona, algo que pode rolar durante uma fase ou por toda a vida da mulher, devido a vários motivos. Em parte das usuárias de anticoncepcional, a quantidade de hormônio presente no corpo passa a ser regular, nivelando os hormônios e diminuindo os sintomas que aparecem nessa época do mês.
1. Muco espesso
O muco cervical pode ser tanto um facilitador quanto um dificultador na hora de produzir bebês. Sem o consumo do anticoncepcional, a secreção muda conforme o ciclo menstrual da mulher, ficando elástica no período fértil para que o espermatozoide possa deslizar com mais facilidade para dentro do sistema reprodutor. Com a pílula, o muco permanece espesso durante todo o ciclo, o que ajuda a frear o espermatozoide.
2. Endométrio fino
No ciclo menstrual de uma mulher que não usa pílula, existe aumento de estrogênio na primeira fase e de progesterona na segunda fase. Isso faz aumentar a espessura do endométrio (parede que recobre o útero), uma condição necessária para que o óvulo fecundado se desenvolva.
Quando a mulher toma anticoncepcional, essas fases não existem e a mesma quantidade de hormônio é recebida todos os dias (nas pílulas monofásicas, que são as mais comuns). Assim, o endométrio permanece sempre da mesma espessura.
3. Não há ovulação
Quando o ovário percebe que circulam no sangue hormônios sintéticos, ele entende que não precisa mais produzir hormônios e nem eclodir os óvulos. É isso que efetivamente impede a gravidez. Numa mulher que não toma pílula, é necessário que o óvulo seja liberado pelo ovário no período fértil para que a fecundação ocorra.
4. Não rola menstruação
Na mulher sem pílula, todo mês, o útero fica mais grosso e esponjoso para fornecer nutrientes ao óvulo que é liberado. Como o óvulo não é fecundado, ele não precisa dos nutrientes, e a mulher elimina o sangue e o tecido que engrossam o útero por meio da menstruação.
Com a pílula, a mulher não ovula, portanto não menstrua. Se ela fizer um intervalo no uso, pode até ter um fluxo, mas não será menstruação, e sim um sangramento com cor e textura diferentes, pois se trata da descamação do endométrio (parede que recobre o útero) causada pela queda dos níveis hormonais.
5. Cólicas mais brandas
A cólica menstrual acontece porque o útero precisa se contrair, abrindo e fechando para que o sangue e os coágulos passem para o canal vaginal. Como a pílula diminui o fluxo sanguíneo e consequentemente os coágulos, a cólica pode até desaparecer.

Fonte: Superinteressante

REFORMA DA PREVIDÊNCIA: ENTENDA A PROPOSTA PONTO A PONTO


20/02/19 - 13:31

 

O governo apresentou nesta quarta-feira (20) a proposta de reforma da Previdência Social.
Entenda ponto a ponto o que propõe o governo:
Idade mínima
A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição.
Para mulheres, a idade mínima de aposentadoria será de 62 anos, e para homens, de 65. Beneficiários terão que contribuir por um mínimo de 20 anos.
Regra de transição - Regime Geral
Segundo o texto, haverá 3 regras de transição para a aposentadoria por tempo de contribuição para o setor privado (INSS) - o trabalhador poderá optar pela forma mais vantajosa. Uma outra regra de transição será implementada para o RPPS (servidores públicos).
Transição 1 - Tempo de contribuição + idade:
A regra é semelhante à formula atual para pedir a aposentadoria integral, a fórmula 86/96. O trabalhador deverá alcançar uma pontuação que resulta da soma de sua idade mais o tempo de contribuição.
Para homens, hoje esta pontuação é de 96 pontos e, para mulheres, de 86 pontos, respeitando um mínimo de 35 anos de contribuição para eles, e 30 anos para elas. A transição prevê um aumento de 1 ponto a cada ano. Para homens, ela deve alcançar 105 pontos em 2028. Para mulheres, deve chegar a 100 pontos em 2033.
Transição 2 - Tempo de contribuição + idade mínima
A idade mínima para se aposentar chegará a 65 anos para homens, e 62 anos para mulheres, após um período de transição. Ele vai durar 8 anos para eles e 12 anos para ela, começando em 61 anos (homens) e 56 anos (mulheres).
Transição 3 - Tempo de contribuição
Poderá pedir a aposentadoria por esta regra quem estiver a 2 anos de completar o tempo mínimo de contribuição, de 35 anos para homens e 30 anos para mulheres. O valor do benefício será reduzido pelo fator previdenciário, um cálculo que leva em conta a expectativa de sobrevida do segurado medida pelo IBGE, que vem aumentando ano a ano. Quanto maior esta expectativa, maior a redução do benefício.
Haverá um pedágio de 50% sobre o tempo que falta para se aposentar. Assim, se faltam 2 anos para pedir o benefício, o trabalhador deverá contribuir por mais um ano.
Mudança no cálculo do benefício (RGPS)
O cálculo do benefício leva em conta apenas o tempo de contribuição. O trabalhador terá direito a 100% do benefício com 40 anos de contribuição.
Com 20 anos de contribuição (o mínimo para os trabalhadores privados do regime geral), o benefício será de 60%, subindo 2 pontos percentuais para cada ano a mais de contribuição.
Quem se aposentar pelas regras de transição terá o teto de 100%. Quem se aposentar já pela regra permanente não terá esse teto, podendo receber mais de 100%, se contribuir por mais de 40 anos. O valor do benefício, no entanto, não poderá ser superior ao teto (atualmente em R$ 5.839,45), nem inferior a um salário mínimo.
Regra de transição - Regime Próprio (servidores)
Para os servidores públicos, a transição entra em uma pontuação que soma o tempo de contribuição mais uma idade mínima, começando em 86 pontos para as mulheres e 96 pontos para os homens.
A transição prevê um aumento de 1 ponto a cada ano, tendo duração de 14 anos para as mulheres e de 9 anos para os homens. O período de transição termina quando a pontuação alcançar 100 pontos para as mulheres, em 2033, e a 105 pontos para os homens, em 2028, permanecendo neste patamar.
O tempo mínimo de contribuição dos servidores será de 35 anos para os homens e de 30 anos para as mulheres. A idade mínima começa em 61 anos para os homens. Já para as mulheres, começa em 56 anos. Ao fim da transição, a idade mínima também alcançará 62 anos para mulheres e 65 para os homens.
Aposentadoria rural
Para os trabalhadores rurais, a idade mínima de aposentadoria proposta é de 60 anos, para homens e mulheres. A contribuição mínima será de 20 anos.
Servidores públicos
Servidores públicos terão idade mínima de aposentadoria igualada à dos trabalhadores do setor privado: 62 para mulheres e 65 para homens. O tempo de contribuição mínimo, no entanto, será de 25 anos, sendo necessário 10 anos no serviço público, e 5 no cargo.
O valor do benefício será calculado da mesma forma do regime geral.
Para servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, a integralidade da aposentadoria será mantida para quem se aposentar aos 65 anos (homens) ou 62 (mulheres). No caso de professores, a idade será de 60 anos. Para quem ingressou após 2003, o critério para o cálculo do benefício é igual ao do INSS.
Professores
Professores poderão se aposentar a partir dos 60 anos, mas com tempo mínimo de contribuição de 30 anos.
Para os professores no Regime Próprio (servidores), será preciso ainda 10 anos no serviço público, e 5 no cargo.
Aposentadoria de deputados federais e senadores
Proposta prevê 65 anos de idade mínima para homens e 62 anos para mulheres, e 30% de pedágio do tempo de contribuição faltante. Novos eleitos estarão automaticamente no regime geral, com extinção do regime atual.
Hoje, a idade mínima é de 60 anos de idade mínima para homens e mulheres, com 35 de anos de contribuição. Benefício é de 1/35 do salário para cada ano de parlamentar.
Aposentadoria de policiais civis, federais e agentes penitenciários e socioeducativos
Os que ingressarem terão seus benefícios calculados pelo mesmo critério do RGPS. Os que tiverem ingressado antes disso, receberão a remuneração do último cargo.
Para policiais, a idade mínima para aposentadoria ficará em 55 anos, com tempo mínimo de contribuição de 30 anos para homens e 25 para mulheres, e tempo de exercício de 20 anos para eles e 15 para elas.
Para agentes, os critérios serão os mesmos, excetuando o tempo de exercício, de 20 anos para ambos os sexos.
Forças Armadas, policiais e bombeiros militares
Policiais e bombeiros militares terão as mesmas regras das Forças Armadas - que não estão contempladas na proposta atual. Segundo o secretário de Previdência, um texto sobre os militares será entregue em 30 dias.
Criação do sistema de capitalização
Será um sistema alternativo ao já existente, mas apenas os novos trabalhadores poderão aderir. As reservas serão geridas por entidades de previdência pública e privada. Segundo o governo, no entanto, essa proposta não será encaminhada neste momento ao Congresso.
Mudança na alíquota de contribuição
A proposta da nova Previdência prevê uma mudança na alíquota paga pelo trabalhador. Os trabalhadores que recebem um salário maior vão contribuir com mais. Já os recebem menos vão ter uma contribuição menor, de acordo com a proposta.
Haverá também a união das alíquotas do regime geral – dos trabalhadores da iniciativa privada – e do regime próprio – aqueles dos servidores públicos.
Aposentadoria por incapacidade permanente
O benefício, que hoje é chamado de aposentadoria por invalidez e é de 100% da média dos salários de contribuição para todos, passa a ser de 60% mais 2% por ano de contribuição que exceder 20 anos.
Em caso de invalidez decorrente de acidente de trabalho, doenças profissionais ou do trabalho, o cálculo do benefício não muda.
Pensão por morte
Pela proposta, o valor da pensão por morte ficará menor. Tanto para trabalhadores do setor privado quanto para o serviço público, o benefício será de 60% do valor mais 10% por dependente adicional. Assim, se o beneficiário tiver apenas 1 dependente, receberá os 60%, se tiver 2 dependentes, receberá 70%, até o limite de 100% para cinco ou mais dependentes.
Hoje, a pensão por morte é de 100% para segurados do INSS, respeitando o teto de R$ 5.839,45. Para os servidores públicos, além deste percentual, o segurado recebe 70% da parcela que superar o teto.
Em caso de morte por acidente de trabalho, doenças profissionais e de trabalho, a taxa de reposição do benefício será de 100%, segundo a proposta.
Quem já recebe pensão por morte não terá o valor de seu benefício alterado. Os dependentes de servidores que ingressaram antes da criação da previdência complementar terão o benefício calculado obedecer o limite do teto do INSS, que hoje é de R$ 5.839,45 em 2019.
Benefício de Prestação Continuada (BPC)
Os idosos terão de aguardar até os 70 anos para receber o benefício, que garante um salário mínimo mensal a pessoas com deficiência e idosos em situação de pobreza. Atualmente, o valor de um salário mínimo é pago a partir dos 65 anos. Para os deficientes, a regra não se alterou.
Mas o governo propõe, também, o pagamento de um valor menor, de R$ 400, a partir dos 60 anos de idade. Pela proposta, permanece a exigência de que os beneficiários tenham renda mensal per capita inferior a 1/4 do salário mínimo, e determina também que tenham patrimônio inferior a R$ 98 mil (Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida).
Limite de acumulação de benefícios
Hoje, não há limite para acumulação de diferentes benefícios. A proposta prevê que o beneficiário passará a receber 100% do benefício de maior valor, somado a um percentual da soma dos demais.
Esse percentual será de 80% para benefícios até 1 salário mínimo; 60% para entre 1 e 2 salários; 40% entre 2 e 3; 20% entre 3 e 4; e zero para benefícios acima de 4 salários mínimos.
Ficarão fora da nova regra as acumulações de aposentadorias previstas em lei: médicos, professores, aposentadorias do regime próprio ou das Forças Armadas com regime geral.
Multa de 40% do FGTS
A proposta do governo também prevê que o empregador não será mais obrigado a pagar a multa de 40% sobre o saldo do FGTS quando o empregado já estiver aposentado pela Previdência Social. As empresas também não terão mais que recolher FGTS dos empregados já aposentados.

Fonte: G1

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

SAIBA COMO ASSISTIR E FOTOGRAFAR A MELHOR SUPERLUA DE 2019


19/02/19 - 11:02

 

De tempos em tempos, a Lua parece maior. Ela atinge o perigeu: ponto da órbita mais próximo da Terra. A tudo isso chamamos de Superlua – e a melhor do ano ocorre nesta terça-feira (19).
O termo superlua foi criado em 1979 e é usado frequentemente pelos astrônomos para resumir a união do perigeu com a Lua cheia. Não é uma situação rara de apreciar, mas é uma excelente oportunidade para quem quer começar a observar o céu.
"Em 19 de fevereiro, a Lua estará cheia apenas seis horas após atingir o perigeu, e será a maior e mais brilhante Lua cheia do ano. Uma outra Superlua também ocorreu em janeiro com um perigeu um pouco mais distante, a 14 horas da Lua cheia", disse Mitzi Adams, astrônomo da agência espacial americana (Nasa).
Detalhes importantes:
* A órbita da Lua ao redor da Terra tem forma elíptica - uma forma oval que aproxima e distancia o satélite do nosso planeta;
* O ponto mais distante dessa elipse é chamado apogeu. É quando acontece a Microlua;
* O ponto mais próximo é o perigeu;
* Quando a Lua está cheia e em seu perigeu (Superlua), ela pode parecer até 14% maior e 30% mais brilhante ao ser vista da Terra do que no momento do apogeu, segundo a Nasa.
2019 terá três Superluas
DataDistância Lua/TerraHora do perigeu antes ou depois da Lua cheia
21/01357.344 km15 horas depois
19/02356.761 km6 horas antes
19/03359.380 km1 dias, 5 horas antes
Fonte: Nasa
Como observar?
As Superluas podem ser observadas a olho nu, mas, segundo a Nasa, é difícil para os nossos olhos fazerem a distinção precisa dessas mudanças de tamanho com o satélite localizado em um lugar tão alto e em um vasto céu à noite.
Como fotografar?
Fotografar o fenômeno pode ser uma tarefa complicada. Por emitir bastante luz e ser fotografada normalmente quando já está totalmente escuro, a Lua acaba se tornando uma mancha branca no meio do céu. Para resolver esse e outros problemas o G1 preparou algumas dicas, confira:
1. Luz
O mais importante é fazer a medição correta da luz. A Lua é um corpo celeste muito brilhante, e como na maioria das vezes ela é fotografada durante a noite, é comum que o celular faça uma medição geral do quadro (onde 90% do espaço está escuro) e a Lua vire um borrão de luz branca. Para resolver isso é preciso colocar a medição do celular exatamente em cima da Lua. Se for um iPhone, basta colocar o quadradinho sobre o satélite. No Android, é um círculo. Se o seu celular oferecer a opção de posicionar o foco em um ponto infinito, habilite-a. Aplicativos com controles manuais também podem ser utilizados para atingir a medição correta.
2. Horário
Para que a foto não seja apenas um fundo preto com uma bolinha branca o ideal é fotografá-la antes que o céu esteja totalmente escuro. Um bom horário é o momento do crepúsculo, por volta das 19h, quando o céu ainda está relativamente claro e a Lua já está alta e grande o suficiente para uma boa foto.
3. Enquadramento
As fotos ficam mais interessantes quando vão além da Lua sozinha com o céu de fundo. Tente incluir pessoas, árvores, pássaros ou outros elementos na composição da foto. Se você tiver acesso a algum local alto, como o topo de um prédio, fotografe de lá para ter a cidade na composição com a lua.
4. Configuração
Utilize a maior resolução disponível no aparelho. Se puder escolher também a quantidade da imagem deixe sempre a opção com menor compressão. Apesar dos arquivos ocuparem mais espaço na memória, vale a troca por imagens com mais detalhes e menos ruídos causados pela compressão. Se o seu celular possuir a opção de fazer imagens com HDR, acione-a. A tecnologia aumenta a capacidade do aparelho de capturar luzes com diferentes intensidades.
5. Acessórios
Por cerca de 80 reais é possível comprar um adaptador de lente teleobjetiva para o celular. Essa lente aumenta o poder do ‘zoom’ do aparelho. Como a maioria dos celulares tem uma lente bem aberta, é bastante recomendável utilizar uma dessas para fotografar a Lua.
6. Luminosidade
Reduza a luminosidade para ressaltar os traços da Lua e suas cores. Tanto em iPhone quanto em Android, é só deslizar a bolinha que aparece do lado do quadradinho ou da bolinha.
7. ISO
Se o celular selecionar opções manuais de fotografar, opte por diminuir ao máximo o ISO, que determina a sensibilidade da câmera. A Lua já fornecerá luz intensa o suficiente.
8. Modo contínuo
Diversos celulares permitem que se tirem várias fotos em sequência enquanto se segura o botão de disparo. Esse recurso pode ser utilizado para evitar fotos tremidas.
9. Selfies/Retratos
Selfies não são uma boa ideia pela baixa qualidade da câmera frontal da maioria dos telefones. Já o problema de tirar retratos de pessoas com a Lua ao fundo é a grande diferença de luz entre a pessoa e o satélite da Terra. Para que a pessoa saia bem iluminada, o celular utilizará uma configuração que provavelmente tratará a Lua como uma fonte emissora de luz muito grande. O resultado será desagradável: a Lua vai virar um borrão branco. Uma alternativa é utilizar o flash ou tirar a foto no início da noite, antes de escurecer totalmente.

Fonte: G1

RÁDIO SOBREVIVEU A FITA ,CD E IPOD. NA ERA DO SPOTIFY ,É MAIS POPULAR DO QUE NUNCA ...








A Nielsen, empresa de análise de dados que monitora o consumo de entretenimento dos EUA, revela em seu recém-divulgado relatório anual da Music 360 que a rádio ainda é a principal forma de as pessoas descobrirem novas músicas. Além disso, os relatórios de pesquisa de audiência mostram também que a porcentagem de americanos com 12 anos ou mais ouvindo rádio transmitido semanalmente permaneceu relativamente estável de 1970 até hoje.

O rádio AM / FM continua a ser o maior meio de alcance de massa nos EUA, com mais de 90% dos consumidores ouvindo semanalmente . Essa porcentagem permaneceu forte mesmo diante do crescimento explosivo da transmissão de músicas.

"Mas tem gente ouvindo rádio? No Spotify tenho tudo na minha mão!"

Para muitas pessoas, a disponibilidade de tanta música levou ao que alguns acadêmicos e analistas chamam de tirania de escolha, explica Larry Miller, diretor do programa de negócios musicais da Steinhardt School da Universidade de Nova York. “Você é confrontado com toda a música do mundo, mas o que diabos você deveria ouvir? Alguém me diz! O que é bom?"

A maioria das pessoas simplesmente não se importam tanto assim; eles querem que a música seja uma experiência passiva, algo para se ter ao fundo enquanto eles cozinham, limpam e continuam suas vidas. Sobrecarregados por opções, eles prefeririam sentar e ter outra pessoa - um DJ, programador, locutor, uma lista de hits baseada em gráficos, qualquer autoridade confiável que assuma o controle. É por isso que os serviços de streaming estão cada vez mais parecidos com o rádio.

O Spotify, a principal plataforma de streaming de música, há pouco tempo lançou o Discover Weekly , uma inteligente lista de reprodução orientada por algoritmos que é continuamente atualizada com recomendações para o ouvinte. "É uma experiência de baixo envolvimento para verificar algo", diz Miller sobre a imensa popularidade da playlist.

Desde a Discover Weekly, surgiu também o Radar de Liberação, Fresh Finds, My Time Capsule e uma série de outros mecanismos de recomendação.

Em outras palavras, as listas de reprodução do serviço de streaming são uma nova forma de rádio. 

FONTE: QUARTZ

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

INTERNADA DESDE OS 6 MESES DE VIDA ,CRIANÇA VOLTA PARA CASA APÓS MAIS DE 2 ANOS EM HOSPITAL DA PB .....


Com a ajuda da população de Soledade, no Agreste, e de outras pessoas do país, ela retornou para casa
Uma criança voltou para casa após mais de dois anos internada no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Maria Tereza Costa, de 2 anos e 7 meses, é portadora de Atrofia Muscular Espinhal (AME) e estava na unidade de saúde desde os seis meses de idade. Com a ajuda da população da cidade natal, Soledade, no Agreste, e de outras pessoas do país, a mãe da menina conseguiu pagar o tratamento da criança e, na quarta-feira (13), pode retornar para casa com a filha.
De acordo com o hospital, com a ajuda financeira dada por essas pessoas, Maria Tereza retornou para o convívio familiar com a ajuda do “home care”, uma equipe de saúde que irá acompanhá-la na casa. Para a mãe, Rosalva Barros da Costa, não é possível descrever a felicidade de poder levar a filha de volta para casa.
“Só tenho a agradecer a todos que contribuíram para essa alegria, em especial à população da cidade de Soledade e de todo o Brasil, que através de campanha nas redes sociais estão nos ajudando a ter acesso a esses aparelhos em casa”, disse Rosalva Barros da Costa, mãe de Maria Tereza.
Na manhã desta quinta-feira (14), a mãe da criança contou ao G1 sobre os primeiros dias de adaptação. “Tá sendo muito corrido na questão de ter que organizar tudo, mas estamos todos felizes”, disse.
A família precisou alugar uma casa que pudesse levar a criança e os equipamentos necessários. Segundo Rosalva, a casa própria é humilde e não tinha estrutura nenhuma para ter a menina de volta com a família. “Lá era preciso reformar quase tudo e a gente não tinha como, o dinheiro a gente precisa pra cuidar dela”, salienta.
A cama com os equipamentos foram adaptados e organizados no novo quarto rosa de Maria Tereza. Ao todo, quatro técnicos de saúde se revezam diariamente para os cuidados com a menina, além de médica, enfermeira, fonoaudiólogo e fisioterapeuta que irão visitá-la todas as semanas.
Os três irmão mais velhos também ajudam Rosalva a cuidar de Maria Tereza. “Eles estão muitos felizes também. Os três são guerreiros porque ficavam no hospital com ela quando eu precisava ir em casa cuidar das coisas”, relata.
Menina estava no hospital desde os 6 meses
Quando chegou ao hospital, a menina tinha apenas 6 meses e permaneceu todo esse tempo sob os cuidados de uma equipe multiprofissional na Unidade de Tratamento Intensivo Pediátrica. Rosalva conta que, durante esse tempo que a filha passou internada, chegava a passar oito dias na unidade de saúde sem poder ir em casa visitar o companheiro e os outros três filhos.
“É uma batalha diária, mas é tudo por ela. Essa força da gente lutar e correr é Deus”, afirma Rosalva Costa.
A AME é uma doença rara e genética com sintomas de fraqueza muscular generalizada desde o nascimento. A neurologista infantil do hospital, Claudia Ribeiro Leão, explica que o principal problema é a dificuldade de uma respiração espontânea, em que é necessário o auxílio de aparelhos. “O quadro é crônico e necessita de acompanhamento com fisioterapeuta, fonoaudiólogo e médico”, disse a médica.
A mãe agradeceu aos profissionais do hospital pela dedicação à filha nesse período que esteve internada na unidade de saúde. “Aqui a gente se tornou família e eu só tenho a agradecer".
Rosalva diz ainda que a medicação para o tratamento constante é cara e que agora a luta é para que a família consiga pelo SUS. "Já demos entrada pra isso, agora é confiar em Deus. Já tivemos essa alegria do home care, e se Deus quiser vamos em busca da medicação necessária para o tratamento”, finalizou.

Fonte G1BR

DISTÚRBIOS NA VISÃO , O SINTOMA MUITO VEZES IGNORADO DA ENXAQUECA ....


15/02/19 - 

 

Estima-se que uma em cada sete pessoas do planeta sofra de enxaqueca. No Brasil, a doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a sexta mais incapacitante do mundo, afeta cerca de 15% da população, mais ou menos 31 milhões de indivíduos, com incidência maior entre as mulheres (25%).
Apesar de muita gente não saber, a enfermidade pode ter sintomas que vão além de dor de cabeça. São os distúrbios visuais, que se manifestam através de pontos luminosos ou piscantes e que ficam parados ou se movem, percepção de luz em ziguezague e visão embaçada, entre outras maneiras.
Eles fazem parte de um tipo menos comum da patologia, a enxaqueca com aura. Vale destacar que existem ainda outras formas de auras, as sensoriais e motoras - elas causam, por exemplo, formigamento ou dormência em uma ou mais partes do corpo, dificuldade em falar e ouvir e confusão mental.
"A maioria das pessoas têm a enxaqueca clássica, apenas de 15% a 20% apresentam a com aura, e a visual atinge 90% delas", comenta Fabio Porto, neurologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
É o caso da bancária Geórgia Namer, de 41 anos. "Acho que tenho enxaqueca desde que nasci. Minha mãe também tem, e nas primeiras vezes em que falei para ela que estava com dor cabeça e 'vendo coisas brilhando', quando ainda era bem pequena, ela achou que eu a estava imitando, mas infelizmente era verdade. Sofro com essa doença a vida toda."
Moradora da Bahia e mãe de dois meninos, um de 18 anos e outro de três, ela conta que a manifestação da sua aura se dá por meio de vista embaçada e, na sequência, pequenos pontos brilhantes, que vão crescendo até tomar conta de metade do olho.
"Na infância isso acontecia duas ou três vezes por mês, e os professores até me liberavam da aula, pois sabiam que eu ficava bem mal. Na adolescência e no início da fase adulta passou para duas vezes por semana", relata.
Na busca por se livrar do problema ou ao menos diminuir o número de crises, Geórgia procurou diversos médicos e fez uma série de tratamentos, inclusive os preventivos, mas sem muito sucesso.
"Tomei tudo quanto é tipo de remédio, antihipertensivos, antidepressivos, anticonvulsivante, analgésicos... Eles adiantavam por alguns meses, mas depois voltava tudo, e nem adiantava aumentar a dosagem. Só fiquei livre da enxaqueca durante as minhas duas gravidezes, acho que por causa dos hormônios", diz.
Após o nascimento do segundo filho, sua situação piorou, já que as dores de cabeça se tornaram diárias, e as idas ao hospital mais frequentes. "Eu já acordava mal, e passava o dia à base de medicamentos para poder trabalhar. Nessa época também comecei a sentir tontura e suava frio. Cheguei num ponto em que não aguentava mais, estava desesperada", recorda.
Após muitas pesquisas, a bancária conheceu os livros do médico Alexandre Feldman, especialista no assunto, e o programa aplicado por Daniela Miguel, coach de enxaqueca. "Comecei a seguir os que eles recomendavam. Mudei, por exemplo, meus hábitos alimentares. Parei de tomar café e cortei o açúcar. Com isso, a intensidade da dor diminui e as crises caíram para oito por mês, mais ou menos, e só uma é com aura. Ainda não tenho a vida que desejo, mas estou no caminho certo. Agora tenho esperança", completa.
Quem também sofre com esse problema é a aposentada Nilceya Silveira de Carvalho, de 65 anos. "Minha primeira crise já foi com aura, por volta dos 40 anos, e desde então é sempre igual. Vejo um pequeno raio, e ele se expande até eu não enxergar mais nada. Depois de alguns minutos é que vem a dor de cabeça, e bem forte."
Apesar de ter perdido as contas de quantos médicos procurou e de quantos tratamentos já tentou, ela diz que até hoje não sabe o que causa a enxaqueca e também nunca foi informada sobre a aura. "Descobri o que era assistindo televisão."
Nestes 15 anos convivendo com a doença, Nilceya tem épocas de melhora e piora. Atualmente, diz que os episódios diminuíram bastante. "Fico dois, três meses sem nada, aí volta e tenho três ou quatro na mesma semana. O que não posso é ficar sem remédio. Levo para todo lugar que vou, porque nunca sei o que vai acontecer."
Enxaqueca com aura visual
Também chamada de oftalmológica ou ocular, a enxaqueca com aura não tem nada a ver com a visão. Na verdade, assim como a clássica, ela está totalmente relacionada com o cérebro.
De acordo com Danilo Andriatti Paulo, especialista em neuro-oftalmologia do H. Olhos - Hospital de Olhos - , é comum os pacientes com enxaqueca procurarem primeiro um oftalmologista por conta dos sinais visuais gerados pela enfermidade.
"Até existem algumas doenças com sintomas parecidos, como descolamento de retina, então temos de descartar todas as possibilidades antes de encaminhar o paciente para o neurologista", analisa.
Mas o que é exatamente a enxaqueca com aura? Como explica Fabio Porto, da FMUSP, a enxaqueca em si é uma doença crônica, cuja principal características é dor de cabeça forte, normalmente pulsátil. Suas causas ainda não totalmente conhecidas, mas sabe-se que ocorre um desequilíbrio bioquímico no cérebro, associado a predisposição genética e fatores ambientais e comportamentais.
Já a aura é um fenômeno neurológico que ocorre antes - é o mais comum, daí ser conhecida como "premonição" -, durante ou até depois do aparecimento da dor.
"O que acontece, neste caso, é uma alteração elétrica no cérebro, correlacionada com a depressão alastrante de leão (onda de intensa atividade nervosa celular que se espalha pela camada externa do cérebro, o córtex). E ninguém sabe ainda porque algumas pessoas têm e outras não", informa o médico.
Os distúrbios da visão, além das formas como citamos no início desta reportagem, pode causar ponto cego (escotoma), perda temporária da capacidade de enxergar e falta de foco. E isso pode ocorrer em um ou nos dois olhos, muitas vezes até com eles fechados.
Prevenção e tratamento
Para evitar a enxaqueca com aura as recomendações são as mesmas da enxaqueca clássica: descobrir os fatores desencadeantes, dormir bem - nem de mais e nem de menos -, evitar o estresse, ter uma alimentação saudável e equilibrada, não ficar muitas horas em jejum, praticar atividade física regularmente e se manter hidratado.
É preciso salientar que diversos estudos mostram que este tipo de enxaqueca é um fator de risco para o acidente cerebral vascular (AVC). Por isso, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, é imprescindível que seus portadores parem de fumar e, as mulheres, suspendam o uso de anticoncepcionais hormonais combinados, que contenham estrógeno e progestágeno - eles reduzem as proteínas no sangue que protegem do derrame.
No mais, é fundamental buscar a ajuda de um especialista, a fim de que ele determine o melhor tratamento para o problema e indique os medicamentos necessários.

Fonte: G1

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

DOCUMENTOS INDICAM QUE VALE SABIA DAS CHANCES DE ROMPIMENTO DA BARRAGEM DE BRUMADINHO DESDE 2017


12/02/19 - 

 

Dois relatórios da Vale, um de 2017 e outro de 2018, indicam que a mineradora sabia dos riscos de rompimento da barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Documento interno da Vale de novembro de 2017 afirma que a barragem, já naquela época, tinha uma chance de colapso duas vezes maior que o nível máximo de risco individual tolerável.
Outro documento, de outubro de 2018, indicava que além de ter duas vezes mais chances de se romper do que nível máximo tolerado pela política de segurança da empresa, a barragem estava em uma "zona de atenção".
A informação foi publicada pela agência de notícias Reuters e confirmada por fontes ligadas à investigação.
Até a segunda-feira (11), 165 corpos já haviam sido resgatados da lama. Destes, 160 foram identificados. O número de desaparecidos é de 155 pessoas, segundo a Defesa Civil de Minas Gerais.
Em nota, a Vale diz que não existe em nenhum relatório, laudo ou estudo conhecido, qualquer menção a risco de colapso iminente da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Além disso, a mineradora diz que "a barragem possuía todos os certificados de estabilidade e seguranças nacionais e internacionais". A nota da mineradora afirma também que a barragem "estava dentro do limite de risco".
Zona de atenção
O Ministério Público de Minas Gerais afirmou na segunda-feira (11), que além da Mina Córrego do Feijão, outras oito barragens da Vale estão em zona de atenção (Alarp Zone).
As barragens estão situadas em áreas próximas a núcleos urbanos, havendo pessoas residentes/transitando na zona de autossalvamento, ou seja, na região do vale a jusante da barragem a uma distância que corresponda a um tempo de chegada da onda de inundação (lama) igual a trinta minutos ou 10 km”.
Expansão de atividades
Embora os documentos indiquem que a Vale sabia do risco de rompimento, a mineradora seguiu com o plano de expansão das atividades do Complexo Paraopeba, onde fica a barragem que se rompeu.
Como o G1 revelou, a Vale obteve em dezembro de 2018 autorização do governo de MG para um conjunto de obras que ampliaram em 70% a produção do complexo. A solicitação havia sido feita em 2015.

Fonte: G1

COMO O ÁLCOOL ALTERA NOSSO DNA E NOS FAZ QUERER BEBER AINDA MAIS ...


12/02/19 - 11:10

 

O consumo de grandes quantidades de álcool pode causar mudanças no DNA das pessoas, levando-as a ter ainda mais vontade de beber, segundo um estudo recente publicado por pesquisadores da Universidade Rutgers (EUA) no periódico "Alcoholism: Clinical & Experimental Research". (Assista ao vídeo)
Os pesquisadores analisaram os genes de consumidores moderados de álcool, de consumidores excessivos (os que bebem constantemente) e dos chamados "binge drinkers" – os que bebem uma grande quantidade de álcool em um curto espaço de tempo.
A conclusão foi de que os dois últimos grupos – os consumidores excessivos e os "binge drinkers" – haviam tido dois genes modificados sob influência do álcool, por um processo chamado de metilação.
Nesses grupos de pessoas, as mudanças genéticas levam a mudanças no relógio biológico do corpo, no sistema de resposta ao estresse e – o que é mais grave – na vulnerabilidade ao próprio álcool: as pessoas passam a buscar mais a bebida quando estão estressadas. Cria-se assim um círculo vicioso: quanto mais bebe-se álcool, maior será a necessidade de ingerir a bebida.
"Descobrimos que pessoas que consomem muito álcool podem estar mudando seu DNA de uma forma que as faz querer beber ainda mais", disse em comunicado da universidade Dipak K. Sarkar, principal autor do estudo.
"Isso pode ajudar a explicar por que o alcoolismo é um vício tão poderoso. Também pode, algum dia, contribuir para novas formas de tratá-lo ou ajudar a prevenir que as pessoas se tornem viciadas."
A esperança é de que a pesquisa ajude na criação de testes com biomarcadores (que são indicadores biológicos, baseados por exemplo em algumas proteínas ou em genes modificados) que possam, eventualmente, prever o risco de cada pessoa se tornar um consumidor excessivo de álcool.

Fonte: G1

ADOLESCENTE DE 16 ANOS É MORTA A GOLPES DE FAÇÃO EM PATOS

  Vítima recebeu golpes violêntos a maioria atingindo a cabeça. Por  Redação 10/08/2025 às 15:04 Uma adolescente de 16 anos foi brutalmente ...