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segunda-feira, 20 de outubro de 2025

NOVA ESPÉCIE DE CUPIM E DESCOBERTA NO SERTÃO DA PARAÍBA E HOMENAGEIA CATOLÉ DO ROCHA

 


Uma pesquisa financiada pelo Governo da Paraíba, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa da Paraíba (Fapesq), e o Conselho Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) identificou uma nova espécie de cupim em Catolé do Rocha, Sertão do estado. Os cupins desempenham um papel ecológico crucial (a grande maioria de suas espécies), atuando como decompositores de matéria orgânica, majoritariamente vegetal, participando ativamente da ciclagem de nutrientes no solo, importante para a fertilidade e crescimento das plantas.

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Triclavitermes catoleensis, que recebeu esse nome em homenagem ao município, é uma das espécies da Caatinga que faz esse trabalho essencial. A pesquisa foi desenvolvida por pesquisadores do Laboratório de Termitologia (LabTermes) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

Segundo o coordenador da pesquisa, Prof. Dr Alexandre Vasconcellos, a descrição de uma nova espécie é importante ao preencher lacunas no conhecimento sobre a diversidade e distribuição da fauna de cupins no Brasil, nesse caso em especial, no Semiárido nordestino. Assim, torna-se possível aumentar o número de espécies conhecidas e mapeadas no Brasil, que apresenta uma das maiores biodiversidades do mundo, mas ainda insuficientemente estudada. “Ao divulgar essa descoberta, destacamos a riqueza e a singularidade da biodiversidade da Caatinga e reforçamos a necessidade urgente de conservar os ecossistemas únicos nela existentes”, observou.

A principal diferença desse cupim para os cupins “domésticos” é o hábito de vida. Enquanto os cupins que causam prejuízos em áreas urbanas são, em geral, espécies que se alimentam de material celulósico utilizado nas cidades (madeira de construção, móveis, papel, etc.), o Triclavitermes catoleensis é uma espécie tipicamente silvestre e nativa da Caatinga, e não possui potencial de praga urbana. Ele tem um importante papel ecológico no bioma, visto que se alimenta de detritos vegetais em decomposição, sobretudo húmus, melhorando a fertilidade do solo em seu ambiente natural, o que o torna um importante personagem da fauna da Caatinga.

O gênero recebe esse nome em referência a ornamentação da armadura de sua válvula entérica, estrutura intestinal do cupim fundamental para a sua identificação, e que lembra clavas de armas medievais. Até o momento, o Triclavitermes catoleensis foi identificado e descrito com base em coleta realizada ao longo de várias expedições de campo em diferentes localidades da Paraíba e de outros estados do Brasil, em 15 municípios de vários estados do Nordeste brasileiro (Paraíba, Pernambuco, Piauí, Ceará e Bahia).

O município de Catolé do Rocha, foi o escolhido para ser a localidade-tipo da espécie, ou seja, o local geográfico específico onde o exemplar que serviu de base para a descrição da nova espécie foi coletado. Em Catolé do Rocha, as coletas foram realizadas no Monte Tabor (ponto turístico do município), pequeno fragmento de mata relativamente conservado que fica situado dentro da cidade. Essa descoberta evidencia o quanto esses fragmentos de mata ainda têm o potencial para novas descobertas científicas e reforça sua importância para a manutenção da diversidade.

Todo esse material está depositado na Coleção de Térmitas da UFPB, que reúne resultados de estudos realizados por alunos e pesquisadores há mais de 30 anos. Nesses estudos, o método utilizado para a coleta dos indivíduos foi principalmente manual, onde os pesquisadores inspecionaram áreas de solo, troncos caídos, galhos, folhas secas e cupinzeiros em parcelas definidas em cada uma das localidades. Após serem encontrados, os cupins foram coletados e preservados em álcool etílico (etanol) 85%, para manter a integridade das estruturas morfológicas, cruciais para a descrição de suas características.

Após a coleta, as atividades passaram a ser desenvolvidas em laboratório, onde foram analisadas características morfológicas detalhadas dos indivíduos, utilizando microscopia e realizando comparações entre as estruturas de várias espécies, inclusive já conhecidas. Dentre essas estruturas, foram avaliadas características da cabeça, pernas e, principalmente, do intestino. Após todo esse processo, os pesquisadores concluíram que se tratava de um novo gênero e espécie de cupim, nunca antes descrito.

“Todo esse estudo só se torna possível dada a existência de uma coleção científica, que permite que os indivíduos permaneçam preservados por anos até serem estudados mais minuciosamente, e resultarem em artigos científicos”, frisou Alexandre Vasconcellos. A primeira amostra de Triclavitermes catoleensisfoi coletada no ano 2000, no distrito de São José da Mata, em Campina Grande, e, somente após 25 anos, foi utilizada na descrição da espécie. “Isso mostra a importância das coleções científicas para o conhecimento do patrimônio biológico existente no planeta”, disse ele.

“A Caatinga, com sua flora e fauna únicas, merece mais atenção e proteção. A descoberta desta nova espécie de cupim nos mostra que a biodiversidade da Caatinga é muito mais rica e complexa do que imaginamos”, observou Alexandre. Além dele, participaram da pesquisa Renan Rodrigues Ferreira, Antônio Carvalho, Emanuelly Félix de Lucena e Rozzanna Esther Cavalcanti Reis de Figueiredo.

quinta-feira, 14 de novembro de 2019

PESQUISA DA UNICAMP TESTA VÍRUS DA ZIKA CONTRA CÂNCER DE PRÓSTATA REDUÇÃO DE TUMORES ....


14/11/19 - 11:17



Uma pesquisa da Unicamp testou a utilização do vírus da zika para tratamento do câncer de próstata. Segundo os cientistas, o vírus aplicado foi o inativo e as células tumorais tiveram uma inibição de crescimento de até 50%. Agora, o próximo passo é continuar os estudos em camundongos e humanos.
A pesquisa, publicada em uma revista internacional, foi a primeira a utilizar o vírus da zika, que, segundo apontam cientistas, tem relação direta com a microcefalia, no aparelho reprodutor.
O mesmo laboratório da Unicamp já tinha feito a experiência no tratamento de tumores no cérebro e também registrou diminuição da doença.
"Todas as coisas envolvendo sistema biológico e natureza têm seu ladro destrutivo, mas também têm o lado benéfico. O que a gente encontrou? Justamente uma aplicação do lado benéfico disso para o câncer de próstata", disse o pesquisador Rodrigo Catarino.
Segundo outra pesquisadora da Unicamp responsável pelo estudo, como o vírus usado foi o inativo, ele funcionou da mesma maneira que uma vacina.
"Ao expor as células de câncer de próstata ao zika inativado, nós chegamos a uma redução dessas células tumorais", explicou Jeany Delafiori.
O câncer de próstata é o segundo que mais mata homens no Brasil, com média de 14 mil óbitos por ano. Segundo especialistas, a melhor forma de prevenção é fazer exames de ultrassom e toque a partir dos 45 anos, além de ter hábitos de alimentação saudáveis e praticar atividades físicas.

Fonte: G1

quarta-feira, 27 de março de 2019

ESTUDO APONTA QUE CÉREBRO CONTINUA A GANHAR NOVOS NEURÔNIOS AO LONGO DA VIDA ...


27/03/19 - 

 

O ser humano continua a produzir novas células cerebrais ao longo da vida, pelo menos até os 97 anos, de acordo com um novo estudo.
Esta ideia tem sido amplamente debatida, e costumava-se pensar que nascemos com todas as células cerebrais que teremos em toda a vida.
Os pesquisadores da Universidade de Madri, na Espanha, também demonstraram que o número de novas células cerebrais produzidas diminui com a idade e que isso cai drasticamente nos estágios iniciais da doença de Alzheimer - o que permite pensar em novas formas de tratamento para demência.
Estudos com outros mamíferos já haviam demonstrado que novas células cerebrais são formadas em estágios posteriores da vida, mas a extensão desta "neurogênese" no cérebro humano ainda é algo polêmico.
Como foi feito o estudo
O estudo, publicado na revista Nature Medicine, analisou os cérebros de 58 pessoas mortas quando tinham entre 43 e 97 anos de idade.
O foco estava no hipocampo - uma parte do cérebro envolvida com a memória e a emoção. É desta parte do cérebro que você precisa para se lembrar onde estacionou o carro, por exemplo.
A maioria dos nossos neurônios - células cerebrais que enviam sinais elétricos - de fato já existem quando nascemos. Mas estas células não emergem no cérebro totalmente formadas. Elas têm de passar por um processo de crescimento e maturação.
Os pesquisadores conseguiram identificar neurônios imaturos ou "novos" nos cérebros examinados. Nos cérebros saudáveis, ??houve uma "ligeira diminuição" desta neurogênese com a idade.
"Acredito que geramos novos neurônios conforme precisamos aprender coisas novas. E isso ocorre a cada segundo de nossas vidas", diz pesquisadora Maria Llorens-Martin à BBC News.
Mas a história foi diferente com o cérebro de pacientes com Alzheimer. O número de novos neurônios formados caiu de 30 mil por milímetro para 20 mil por milímetro em pessoas em um estágio inicial da doença, uma redução de mais de 30%.
"É muito surpreendente, porque é algo que ocorre muito cedo, mesmo antes do acúmulo no cérebro de placas da proteína beta-amiloide (uma característica chave de Alzheimer) e, provavelmente, antes do surgimento de sintomas", afirma Llorens-Martin.
Um novo caminho para um tratamento para Alzheimer?
Ainda não existe cura para a doença de Alzheimer, mas o foco principal das pesquisas tem sido este acúmulo de beta-amiloide no cérebro.
No entanto, estudos que usam esta abordagem para desenvolver formas de combater a doença falharam, e a nova pesquisa da Universidade de Madri sugere que pode haver algo ocorrendo ainda mais cedo no curso da doença.
Llorens-Martin diz que entender o motivo da diminuição da neurogênese pode levar a novos tratamentos tanto para os efeitos comuns do envelhecimento quanto para Alzheimer.
Ela afirma que o próximo estágio da pesquisa provavelmente exigirá que sejam analisados os cérebros de pessoas ainda em vida, para ver o que acontece com eles ao longo do tempo.
"Ao mesmo tempo em que passamos a perder células nervosas no início da idade adulta, essa pesquisa mostra que podemos continuar a produzir novas células até os 90 anos", diz Rosa Sancho, chefe de pesquisa da Alzheimer's Research UK, organização sem fins lucrativos dedicada à pesquisas sobre a doença.
Ela explica que o Alzheimer acelera bastante a taxa de perda de células nervosas, e avalia que esta nova pesquisa fornece evidências convincentes de que também limita a criação de novas células.
"Mais estudos serão necessários para confirmar estas conclusões e explorar se isso pode abrir caminho para um teste capaz de sinalizar precocemente se uma pessoa tem um risco maior de ter esta doença."

Fonte: G1

FLAMENGO VENCE PALMEIRAS E É O PRIMEIRO BRASILEIRO TETRACAMPÃEO DA LIBERTADORES

  Rubro-negro se iguala aos argentinos Estudiantes e River Plate com 4 títulos cada. Por  Redação 29/11/2025 às 20:34 | Atualizado em 29/11/...