quinta-feira, 25 de julho de 2019

ENTENDA AS NOVAS REGRAS DE SAQUE DO FGTS E DO PIS/PASEP ....


Mudanças serão opcionais. Cada trabalhador deve analisar situação
Anunciada como possibilidade de dar mais liberdade para o trabalhador, a medida provisória que libera os saques de parte da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das cotas do Fundo do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) pretendem injetar até R$ 42 bilhões na economia até o fim de 2020. Desse total, R$ 28 bilhões do FGTS e R$ 2 bilhões do PIS/Pasep serão liberados este ano. Os R$ 12 bilhões restantes, ano que vem.
Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, as medidas anunciadas hoje poderão gerar crescimento adicional do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos) de 0,35 ponto percentual até o fim de 2020. A medida tem o potencial de criar 2,9 milhões de empregos com carteira assinada nos próximos dez anos. Isso porque, segundo a pasta, reduz a rotatividade no emprego e aumenta os investimentos em treinamento, elevando a produtividade.
O modelo tradicional de saques permanecerá. Cada trabalhador terá a liberdade de escolher se quer deixar o dinheiro parado no FGTS ou sacá-lo uma vez por ano, a partir do mês de aniversário. Em relação aos cotistas do Fundo do PIS/Pasep, que atendia a trabalhadores com carteira assinada antes da Constituição de 1988, o governo pretende permitir o saque de R$ 2 bilhões, de um estoque total de R$ 23 bilhões. A medida provisória ainda precisa ser votada pelo Congresso Nacional depois do recesso parlamentar.
Entenda as novas regras para o FGTS e o PIS/Pasep
Saque de R$ 500 por conta
  • Valerá para contas ativas e inativas
  • Saques serão liberados de setembro deste ano a março de 2020. Operadora do fundo, a Caixa Econômica Federal divulgará um calendário de saque.
  • Correntistas da Caixa terão o dinheiro depositado automaticamente. Quem não quiser sacar deverá informar ao banco
    Saque nos caixas automáticos da Caixa permitido a quem tiver cartão cidadão.
  • Retiradas de menos de R$ 100 poderão ser feitos em casas lotéricas, mediante apresentação de carteira de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Saque-aniversário
  • Uma vez por ano a partir de 2020.
  • Caráter opcional, de livre adesão do trabalhador.
  • Quem quiser retirar dinheiro deverá avisar a Caixa Econômica Federal a partir de outubro deste ano.
  • Cálculo da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa não muda em nenhuma hipótese.
  • Quem migrar para saques anuais não terá direito a retirar o total da conta em caso de demissão sem justa causa.
  • Trabalhador pode voltar para modalidade anterior, sem saque anual e com direito a rescisão integral em demissão sem justa causa, mas terá de esperar dois anos depois da primeira mudança, contados a partir da data do pedido à instituição financeira.
  • Retiradas em 2020 ocorrerão em abril (para quem nasceu em janeiro e fevereiro), maio (para quem nasceu em março e abril) e junho (para quem nasceu em maio e junho).
  • Para nascidos de julho a dezembro, o saque em 2020 ocorrerá a partir do mês de aniversário até o último dia útil dos dois meses seguintes. Exemplo: quem nasceu em agosto poderá retirar o dinheiro de agosto até o fim de outubro.
  • A partir de 2021, todos os saques ocorrerão no mês de aniversário ou nos dois meses seguintes.
  • O valor do saque anual será equivalente a um percentual do saldo da conta, para todas as faixas, mais um valor fixo para contas a partir de R$ 500,01, conforme a tabela abaixo:
Divisão de resultados do FGTS
  • FGTS continuará rendendo 3% ao ano, mais a taxa referencial (TR) e distribuição de resultados, o que muda é o último componente.
  • Em vez de receber 50% dos ganhos do FGTS, trabalhador receberá 100% do resultado do fundo.
  • Distribuição do lucro será feita em agosto.
  • O Conselho Curador do FGTS dividirá o ganho total pelo número de contas dos trabalhadores.
  • A parcela será depositada na conta de cada trabalhador no FGTS, com as mesmas regras de saque que nas demais situações.

Garantia de empréstimo
  • Quem migrar para saque-aniversário poderá antecipar os recursos do FGTS, numa operação similar à antecipação da restituição do Imposto de Renda.
  • Saque anual pode ser dado como garantia de empréstimos.
  • As parcelas são descontadas diretamente da conta do FGTS no momento da transferência do recurso do saque-aniversário.
  • Segundo o Ministério da Economia, medida amplia acesso ao crédito com juros baratos, semelhantes aos do crédito consignado, porque o valor do saque foi dado como garantia.
Saque do PIS/Pasep
  • Vale apenas para quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988.
  • Sem prazo determinado para a retirada do dinheiro.
  • Cotistas do PIS deverão fazer os saques nas agências da Caixa Econômica Federal; e os do Pasep, no Banco do Brasil.
  • Informações poderão ser obtidas nos endereços www.caixa.gov.br/pis e www.bb.com.br/pasep.
  • Saques por herdeiros facilitados. Os dependentes do cotista falecido terão apenas de apresentar a certidão de dependente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os sucessores deverão apresentar apenas apresentar uma declaração de consenso entre as partes e informar não haver outros herdeiros conhecidos
Fonte Agência Brasil

terça-feira, 23 de julho de 2019

ESTÁ NA HORA DE TRATARMOS O AÇÚCAR COMO LIDAMOS COM O TABACO?


22/07/19 - 10:05

 

Não é de hoje que observamos que a população brasileira está cada vez mais gorda - o índice de obesos cresceu 42% em uma década (entre 2007 e 2017), segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, enquanto o índice de fumantes caiu 40% no mesmo período.
Entre as razões apontadas por pesquisadores para o aumento da obesidade estão o excesso de consumo de açúcar, especialmente aquele adicionado às bebidas açucaradas e aos produtos ultraprocessados, cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros. São alimentos que contêm mais sal, mais açúcar, mais gordura, além de uma série de aditivos e conservantes que ninguém sabe precisamente o real efeito sobre a saúde.
Um estudo divulgado no último dia 11 na revista científica British Medical Journal afirma que o consumo de bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos adoçados artificialmente está associado a um risco maior de desenvolvimento de certos tipos de câncer, como o de mama, próstata e intestino.
O estudo foi conduzido por pesquisadores franceses que avaliaram o comportamento de mais de 100 mil adultos e descobriram que quem ingere apenas 100 ml de bebidas açucaradas por dia tem um risco 18% maior de ter câncer.
Além disso, há diversos problemas de saúde crônicos associados ao aumento da obesidade, especialmente a hipertensão arterial e o diabetes, até pouco tempo consideradas doenças exclusivas de adultos. Estima-se que, por causa desses problemas, uma geração inteira de crianças viverá pior do que os seus pais, acendendo o alerta vermelho para pesquisadores, instituições e governo.
Afinal, está na hora de tratarmos o açúcar como tratamos o tabaco?
Cerco às bebidas açucaradas
A BBC News Brasil ouviu nutricionistas, representantes de entidades de defesa do consumidor, pesquisadores, Ministério da Saúde, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a indústria de alimentos e bebidas para discutir os malefícios do açúcar para a saúde e o que está sendo feito em saúde pública para minimizar esses danos.
A conclusão é que a preocupação com o excesso de consumo existe, tanto por parte das entidades de defesa do consumidor, que sugerem medidas mais duras, como o fim da publicidade voltada para o público infantil e alertas nos rótulos dos alimentos; quanto por parte do governo, que admite o problema e destaca como medida a assinatura de um acordo com a indústria para a redução da quantidade de açúcar nos alimentos industrializados.
Mas, para entidades e pesquisadores, isso ainda é muito pouco e o país está longe de ter uma medida realmente efetiva em saúde pública contra o açúcar.
"Com relação ao açúcar, nós estamos a quilômetros de distância do sucesso da campanha contra o tabagismo, que foi uma das campanhas de saúde pública de maior sucesso no país. E nenhum país ainda conseguiu reverter ou estagnar o índice crescente de obesidade", disse a nutricionista Maria Laura da Costa Louzada, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP), e professora do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para pesquisadores e entidades de defesa do consumidor, o primeiro passo para lidar com o problema de maneira eficaz seria alterar a rotulagem dos alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas adicionando um símbolo de alerta indicando alto teor de açúcar, de sódio ou gordura na parte frontal da embalagem.
Depois, defendem tributar a produção de bebidas açucaradas, que no Brasil tem subsídio do governo: nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto ampliando de 8% para 10% o benefício fiscal do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para a fabricação de concentrados de refrigerantes. "Estamos na contramão dos países desenvolvidos. Cerca de 40 países tributam as bebidas e aqui concedemos isenções e créditos fiscais. O caminho do subsídio é um grande problema a ser enfrentado", avalia a nutricionista Ana Paula Bortoletto, líder do Programa de Alimentação Saudável do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Ultraprocessados
Entre os exemplos de alimentos ultraprocessados estão pães de forma, iogurtes prontos, sucos de caixinha, macarrão instantâneo, barras de cereais, gelatinas e até o aparentemente inofensivo peito de peru. São alimentos cada vez mais consumidos pelos brasileiros - pela facilidade de acesso e pelo baixo preço - mas são ricos em calorias, sal, açúcar, gordura, além de uma série de aditivos e conservantes que ninguém sabe de fato o real efeito sobre a saúde. As bebidas açucaradas incluem refrigerantes, néctares (sucos de caixinha), sucos em pó e outras bebidas adoçadas.
Trata-se de uma classificação "nova" da tabela de alimentos, que passou a ser considerada apenas em 2014 com a publicação da segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, e a adoção do sistema de classificação alimentar NOVA, elaborado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da USP.
Segundo a nutricionista Maria Laura Louzada, pesquisadora do Nupens e professora da Unifesp, a alteração ocorreu depois que pesquisadores perceberam, por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que a população comprava cada vez menos açúcar refinado, sal e óleo, mas continuavam engordando.
Ao mesmo tempo, havia cada vez mais industrializados à mesa. "Nos demos conta de que o problema não era exatamente o açúcar que adicionamos ao cafezinho, mas sim o açúcar presente nos outros alimentos", explicou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quarto maior consumidor de açúcar no mundo (12 milhões de toneladas/ano), atrás apenas da Índia, da União Europeia e da China. Ainda segundo a entidade, o brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado. Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome, em média, 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado pela OMS seria até 12 colheres.
O consumo excessivo de açúcar causa, entre outros problemas, danos ao fígado, que armazena glicose (um tipo de açúcar) e, em excesso, se transforma em gordura; danos ao pâncreas, responsável pela liberação da insulina (que auxilia na entrada de glicose nas células); aumento do aparecimento de cáries nos dentes; além do excesso de peso que pode evoluir para obesidade, pressão alta, diabetes e outras complicações. "Enquanto países do hemisfério Norte já consomem 80% de alimentos ultraprocessados, nós ainda consumimos em torno de 30%. É possível reverter isso, mas ainda falta muita informação", avalia Bortoletto, do Programa de Alimentação Saudável do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Debate sobre alteração dos rótulos
Para tentar frear a epidemia de obesidade e o aumento da ingestão de produtos ultraprocessados, pesquisadores e entidades de defesa do consumidor sugerem a alteração na rotulagem dos alimentos, incluindo símbolos na parte da frente da embalagem alertando para o alto teor de açúcar, sódio e gordura, a exemplo do que já está sendo feito no Chile e no Canadá. Hoje, os rótulos não são obrigados a informar a quantidade de determinado nutriente, apenas que ele está presente na composição.
Na avaliação da engenheira de alimentos Rosires Deliza, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, se o consumidor souber o que está de fato consumindo, ele poderá buscar comprar o alimento que ele considerar mais saudável. "É muito difícil traduzir um rótulo da forma como é feito hoje. A ordem que os ingredientes aparecem indica qual deles está em maior quantidade. O açúcar, em geral, é o primeiro da lista. Mas ninguém é obrigado a saber isso", afirma Deliza.
Para descobrir se o consumidor conseguia identificar alimentos saudáveis e não saudáveis por meio da embalagem, Deliza e uma equipe de pesquisadores da Embrapa avaliaram a eficácia da rotulagem atual, chamada GDA (referência de ingestão diária em relação a uma dieta adulta padrão), com outros seis modelos de rótulos, incluindo o semáforo nutricional (de colocar alertas em cores verde, vermelha e amarela) e cinco símbolos de alerta: octógono preto, triângulo preto, círculo vermelho, lupa vermelha e lupa preta.
"Constatamos que o modelo atual, o GDA, foi o que as pessoas tiveram mais dificuldades de indicar os alimentos saudáveis por serem rótulos confusos. Com o semáforo, gerou confusão, pois uma mesma embalagem podia ter cor vermelha por ser alta em sódio, mas também a cor verde por ter pouco açúcar. Entre os alertas, o octógono preto foi o símbolo que as pessoas identificaram mais rápido, como sendo algo prejudicial", explicou a pesquisadora.
Com base nesses dados, as entidades propõem mudanças nas rotulagens. O assunto está em discussão na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há mais de um ano e a previsão é que uma consulta pública seja disponibilizada para a população opinar sobre o tema em setembro deste ano. Em nota, a Anvisa informou que a norma vigente sobre rotulagem nutricional é de 2003 e, apesar dos avanços, ainda há dificuldades de utilização dessa rotulagem pelos consumidores brasileiros.
"A principal razão para intervenção regulatória da Anvisa é garantir aos consumidores o acesso às principais informações sobre os alimentos, de forma simples, padronizada, precisa e compreensível, evitando práticas enganosas e contribuindo para a promoção da saúde", informou a agência, em nota. A Anvisa informou ainda que uma das principais alternativas regulatórias será, sim, o uso da rotulagem nutricional frontal com a divulgação de nutrientes considerados críticos à saúde, entre eles o açúcar.
As entidades também defendem o fim da publicidade voltada para o público infantil, associando personagens e bichinhos aos alimentos considerados não saudáveis, além do aumento da tributação das bebidas açucaradas - no Brasil, elas são fabricadas na Zona Franca de Manaus, com isenção de impostos.
Acordo com a indústria
O Ministério da Saúde admite o problema e afirmou, em nota oficial, que a prevenção da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis é uma das prioridades do governo. Como exemplo, cita que fez acordo com a indústria de alimentos e assumiu a meta de reduzir 144 mil toneladas de açúcar até 2022, em cinco categorias de alimentos: mistura para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoito recheados.
"Ao estabelecer a meta até 2022, o Brasil se destaca como um dos primeiros países do mundo a buscar a diminuição do açúcar nos alimentos processados e ultraprocessados. A meta foi estabelecida por meio de um Termo de Compromisso assinado entre o Ministério da Saúde e associações representativas do setor produtivo brasileiro", diz a nota. O acordo é similar ao pacto firmado em 2011 para a redução de sódio nos alimentos, eliminando mais de 17 mil toneladas de sódio em quatro anos.
Segundo o ministério, as associações Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação); Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) e Viva Lácteos (Associação da Indústria de Lácteos) comprometeram-se com essa meta de forma voluntária.
Para pesquisadores da área, esses acordos são pouco efetivos, pois além de serem voluntários, possuem metas muito baixas.
O governo afirmou também que, no ano passado, o país assumiu o compromisso de deter o crescimento da obesidade na população adulta por meio de políticas de saúde e segurança alimentar e nutricional; como reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente.
"Para qualquer mudança precisa haver uma parceria muito grande entre governo, entidades, indústria. Não adianta nada fazermos estudos, chegarmos ao resultado e não ser colocado em prática. O Chile implementou de maneira pioneira a mudança nos rótulos faz dois anos. Estamos todos querendo saber os resultados", avaliou Deliza, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes (Abir) informaram ter consciência de sua responsabilidade em contribuir com bem-estar de seus consumidores, produzindo alimentos saudáveis e seguros. "Em relação à redução do açúcar, 68 empresas associadas assinaram o termo de compromisso [com o Ministério da Saúde]. Juntas, representam 87% do mercado nacional de alimentos e bebidas", diz a nota.
A indústria de alimentos e bebidas informou ainda que apoia a mudança nos rótulos e que está contribuindo com a Anvisa. "A Rede Rotulagem, formada por 20 entidades ligadas ao setor, defende que sejam utilizados rótulos informativos com todos os dados para que o consumidor tenha liberdade de escolha. Entende que os modelos de advertência não são democráticos e comprometem a percepção do consumidor. São propostas alarmistas sem o objetivo de informar e, tampouco, auxiliar as pessoas", afirma o comunicado.
Com relação à publicidade dirigida ao público infantil, a Abia informou que possui um acordo de apenas anunciar produtos para crianças menores de 12 anos de idade que atendam aos critérios nutricionais comuns ou não anunciar produtos para menores de 12 anos. E com relação à sugestão de taxar as bebidas açucaradas, a Abir informou que "não há nenhum estudo que comprove a eficácia desta medida no combate à obesidade, doença multifatorial. Focar em refrigerantes também seria ineficaz. Dados da Vigitel/Ministério da Saúde constataram uma queda de 40% no consumo de refrigerantes na última década."
Já a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou, em nota, que "rechaça todas as pretensões de controlar o consumo de açúcar por vias regulatórias". Acrescenta que "é comprovado que a maior parte do consumo de açúcar do país provém da adição feita no preparo final dos alimentos". A Unica disse ainda ser a favor do debate de ideias e da busca de soluções que garantam a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Fonte: G1

SUA MEMÓRIA ANDA RUIM? CINCO PERGUNTAS E RESPOSTAS PARA VOCÊ SABER SE PRECISA SE PREOCUPAR ....


22/07/19 - 10:08

 

Você está satisfeito com a sua memória ou está sempre reclamando dela? A verdade é que todo mundo tem uns esquecimentos aqui ou ali, mesmo quem ainda é jovem. Os mais velhos tendem a se queixar ainda mais, mas idade avançada não é sinônimo de memória falha – é apenas sinal de um raciocínio um pouco mais lento, processo que chega naturalmente com o passar dos anos.
Ainda que eventuais deslizes seja algo intrínseco a todos nós, não dá para achar que está tudo bem sempre. Quando as falhas começam a atrapalhar sua rotina, é bom ligar o alerta – mesmo que você já tenha uns bons anos de vida na conta.
Para esclarecer as principais dúvidas sobre o tema, o G1 conversou com o neurologista Leonardo Cruz de Souza, coordenador do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), e com o geriatra Alexandre Busse, coordenador do curso Cérebro Ativo do Sírio-Libanês Ensino e Pesquisa. Confira:
1. É normal a gente ficar um pouco mais esquecido com a idade?
Perder memória nunca deve ser considerado algo normal, mas é natural que ocorra um declínio ao longo da vida, já que a gente deixa de ter alguns neurônios à medida em que os anos passam. “A partir dos 40 ou 45 anos, a gente perde um pouco de agilidade mental e rapidez de raciocínio. Mas perder a memória, que é a nossa capacidade de reter informações, não faz parte do envelhecimento”, esclarece o neurologista Leonardo Cruz de Souza.
Por causa dessa queda na agilidade mental, a gente passa a ter mais problemas de atenção e fica com o raciocínio um pouco mais lento, o que é bastante confundido com falhas na memória.
“A pessoa tem mais dificuldade de dar detalhes sobre as situações que viveu, por exemplo. Então, ela acha que está com diminuição da memória, mas, quando a gente faz os testes, vê que está com diminuição da atenção”, relata o geriatra Alexandre Busse.
Vale, portanto, o alerta: não banalize a perda de memória em idosos. “Toda perda de memória, até que se prove o contrário, é patológica”, destaca Souza.
2. Como diferenciar as falhas de memória normais daquelas que podem ser decorrentes de alguma doença?
A principal diferença está em como o problema afeta a sua rotina. A redução natural da agilidade mental não chega a causar grandes transtornos. Normalmente, a reclamação vem da própria pessoa, não dos outros.
“É comum se queixar da própria memória. Eu mesmo acho que a minha não é mais tão boa como quando eu era jovem. Mas, quando você começa a ter problemas no trabalho, esquece compromissos importantes e as outras pessoas começam a notar isso, é recomendável buscar uma avaliação médica”, explica Souza.
Outra diferença importante está na velocidade com que essas falhas acontecem: a perda natural da idade é lenta e gradual. Já os sinais patológicos evoluem de forma rápida.
3. Adultos jovens também podem ter falhas na memória?
As recomendações são as mesmas para todas as idades: se os esquecimentos começarem a atrapalhar sua rotina e seu desempenho, procure um médico.
“É importante frisar que a maior parte das dificuldades de memória de causa neurológica, como o Alzheimer, acomete pessoas idosas, a partir dos 60 ou 65 anos. Mas mesmo faixas etárias mais jovens são suscetíveis a problemas dessa natureza”, alerta Leonardo Cruz de Souza.
4. Dá para evitar a perda de agilidade mental que chega com a idade?
“Esse é um processo que ainda não conhecemos muito bem e nossa capacidade de interferir nisso é bastante limitada”, afirma Souza. Mas o que a ciência já sabe é que existem alguns hábitos que aceleram essa perda.
“Doenças crônicas como hipertensão e diabetes, tabagismo e consumo excessivo de álcool são alguns exemplos”, lista o geriatra Alexandre Busse.
A recomendação, portanto, é focar na boa e velha combinação de alimentação saudável e prática de exercícios físicos.
Além disso, é importante também manter o cérebro sempre ativo: estude novos idiomas, aprenda um instrumento musical, leia muito, faça atividades em grupo, socialize e converse frequentemente com seus amigos e familiares.
5. As novas tecnologias deixam nosso cérebro mais preguiçoso?
Ainda é cedo para afirmar qualquer coisa sobre esse assunto – se pensarmos em termos evolutivos, a chegada das tecnologias é absolutamente recente e não há como dizer se ela está ou não afetando o cérebro.
Mas os especialistas desconfiam que não: o que acontece é que deixamos de desenvolver algumas habilidades para cuidar melhor de outras. “Temos capacidade de lidar com vários tipos de informação ao mesmo tempo, por exemplo. É um aspecto de multifunção que é inusitado e não desenvolvíamos há pouco tempo”, diz o neurologista Leonardo Cruz de Souza.
Vale ficarmos atento à autoexigência que acabamos criando em guardar todas as informações que recebemos ao longo do dia. Não é você que anda esquecido, é o volume de informações que ultrapassou a sua capacidade de retenção.
“Muitas das nossas queixas de memória na contemporaneidade são, na verdade, uma incapacidade de lidar com o excesso de informação a que estamos expostos o tempo todo, em um ritmo muito veloz”, afirma Souza.

Fonte: G1

QUASE 60% DOS PARAIBANOS APROVAM GESTÃO DE JOÃO E SOMENTE 28% O GOVERNO BOLSONARO ....


Empossado no dia 1º de janeiro de 2019, o governador João Azevedo já conquistou em seis meses de exercício a aprovação da maioria da população paraibana
Empossado no dia 1º de janeiro de 2019, o governador João Azevedo já conquistou em seis meses de exercício a aprovação da maioria da população paraibana. É o que revelam os números da pesquisa do Instituto Opinião, divulgados com o exclusividade pelo Sistema Arapuan de Comunicação nesta segunda, 22.
Segundo a pesquisa, 58,7% dos paraibanos aprovam o governo de João Azevedo. Já o primeiro semestre do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com os números da pesquisa, só convenceu 28% dos paraibanos. O Instituto Opinião ouviu 1.300 entrevistados, divididos em 50 cidades da Paraíba, entre os dias 14, 15 e 16 de julho.
A gestão do governador João Azevedo obteve 44,6% de ÓTIMO e BOM e apenas 12,2% de RUIM e PÉSSIMO. Com quase 60% de aprovação, a gestão do atual governador obteve 19,4% da desaprovação. Um índice bem abaixo do registrado em desfavor do novo presidente. De acordo com a pesquisa, 61,2% desaprovam a gestão de Jair Bolsonaro. Ele obteve pouco mais de 50% de RUIM e PÉSSIMO.
João Azevedo conquistou a maioria em todas as quatro macro regiões da Paraíba. Os números da Pesquisa apontam que a maior aprovação do governo João Azevedo foi registrada na região da Zona da Mata, onde estão inseridos os municípios da Grande João Pessoa: 67,1% disseram que aprovam a gestão do governador socialista. No Sertão, a aprovação foi de 57,1%; Agreste, 52% e Borborema, 51,5%.

Fonte paraiba.com

sábado, 20 de julho de 2019

MINISTRO ENCONTRARÁ CAMINHONEIROS PARA DISCUTIR FRETE APÓS AMEAÇA DE GREVE ....


Segundo o Ministério da Infraestrutura, uma reunião do ministro Tarcísio de Freitas com a classe ocorrerá na semana que vem para solucionar a questão.
A nova tabela do frete publicada nesta semana pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e que entra em vigor neste sábado, 20, é criticada por caminhoneiros — parte deles discute, inclusive, uma possível paralisação. Do outro lado, o governo afirma que as regras foram amplamente discutidas com a categoria. Segundo o Ministério da Infraestrutura, uma reunião do ministro Tarcísio de Freitas com a classe ocorrerá na semana que vem para solucionar a questão.
A tabela de preço de frete mínimo foi reivindicada durante a greve dos caminhoneiros do ano passado. Até este sábado, o método utilizado levava em conta apenas a quilometragem percorrida. Agora, fatores como o tempo de carga e descarga, custo com depreciação do caminhão, entre outros, também entrarão no cálculo. Os caminhoneiros, porém, afirmam que os novos valores não são adequados e cobrem apenas os custos e não geram receita.
Segundo lei publicada ainda no governo Temer, as regras de cálculo deveriam ser anunciadas todo semestre (até os dias 20 de janeiro ou de julho). Caso não ocorresse modificação, os valores da tabela deveriam ser reajustados pelo IPCA – como ocorreu em janeiro. Essa é, portanto, a primeira mudança nas regras de cálculo desde que a tabela foi surgiu. Além disso, caminhoneiros afirmam que os valores não eram fiscalizados e havia descumprimento das regras.
Parte dos caminhoneiros aguardava até esta sexta-feira que a resolução fosse revogada ou substituída, após muitas críticas da categoria ao novo modelo. No entanto, a ANTT confirmou a VEJA que a medida está mantida para entrar em vigor neste sábado. Além disso, segundo o Ministério da Infraestrutura, haverá uma reunião do ministro com a categoria na semana que vem, ainda sem data definida. Caminhoneiros confirmaram o encontro. Uma possível ameaça de greve ainda existe, mas a situação tende a se acalmar até a reunião com Tarcísio, segundo a categoria. Questionado na sexta-feira sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro disse não acreditar em uma paralisação.”Acredito que caminhoneiros não façam paralisação porque isso atrapalha muito a economia.”
Um dos líderes da paralisação de maio de 2018, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, afirmou nesta sexta-feira a VEJA que os novos valores são mais baixos e só “envolvem o custo, o que se gasta efetivamente em uma viagem” e não o “lucro”. Com isso, afirma ele, “é como se recebêssemos apenas o vale refeição e o vale transporte e não o salário”, comparou. Ainda segundo ele, “tem muito caminhoneiro querendo parar”, por causa da resolução.
Outro líder da paralisação do ano passado, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, publicou em seu Facebook um vídeo, em que também critica as novas regras, elaboradas pela Esalq-Log, grupo de pesquisa ligado à faculdade da USP. Além disso, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou que está avaliando tecnicamente a nova resolução. Segundo a instituição, “o Piso Mínimo de Fretes tem que dar a adequada retribuição ao caminhoneiro pelo serviço prestado”, informou, em nota. Outra representante da categoria, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) preferiu não comentar o caso.
Do outro lado, a ANTT informou que a nova resolução da tabela do frete foi elaborada “após audiência públicas, com a presença de sociedade, transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade”.
Ainda de acordo com a instituição, “foram recebidas aproximadamente 500 contribuições específicas” e “parte significativa dessas contribuições foram acatadas e serviram de subsídio para aprimoramento da proposta submetida”, comunicou, em nota.

Fonte Veja

quinta-feira, 18 de julho de 2019

FESTA DO BODE NA RUA 2019 COMEÇA NESTA QUINTA- FEIRA (18) , EM GURJÃO .....

Festa acontece até o domingo (21). Na programação estão shows gratuitos, exposições e expofeiras.
A 20ª edição do evento Bode na Rua acontece a partir desta quinta-feira (18) e se estende até o domingo (21), na cidade de Gurjão, no Cariri da Paraíba. A programação conta com feiras, exposições de animais, artesanatos e shows gratuitos em praça pública.
Os shows acontecem nos dias 20 e 21 de julho. Entre as atrações, estão o forrozeiro Wallas Arrais, o grupo de axé Chiclete com Banana e Aduílio Mendes.
O evento que ressalta a caprinovinocultura - criação de cabras e ovelhas - no local está em sua 20° edição. Além dos shows, o Bode na Rua conta com uma expofeira, com a presença do artesanato e da culinária regional.

Programação completa do Bode na Rua 2019


Quinta-feira, 18 de julho

  • 8h às 20h - Recepção dos animais
  • 12h - Forró na feira (pré de serra)
  • 19h - Abertura oficial com missa solene
  • 22h - Pré-bode - Forró Stylo Novo e Chapéu de Aço (evento privado)


Sexta-feira, 19 de julho



  • 7h - Abertura do torneio leiteiro - espaço Aldomário Rodrigues (Secagem das cabras)
  • 8h às 20h - Abertura da exposição de animais
  • 8h às 20h - Abertura do pavilhão de artesanato
  • 8h às 20h - Abertura da 3ª Etapa Nacional da Copa Boer
  • 8h às 20h - Abertura da 3ª Exposição Ranqueada Estadual da Raça Somalis Brasileira
  • 8h às 20h - Abertura da 4ª Etapa Nacional do Ranking Oficial da ABCC de Cabras Leiteiras
  • 8h às 17h - Julgamento de animais
  • 19h - 1ª Ordenha das Cabras do Torneio Leiteiro
  • 22h - Sexta frenética - Moleka Safada - Alisson Levado - Bob Léo Mercadoria - Dodô Pressão (Evento privado)
  • Sábado, 20 de julho

    • 7h - 2ª Ordenha das Cabras do Torneio Leiteiro
    • 8h às 17h - Julgamento de animais
    • 8h as 20h - Exposição de animais e artesanato
    • 10h - Assinatura de contratos de financiamento junto ao B.N.B.
    • 14h - Forróbodança - Palco do Bode
    • 19h - 3ª Ordenha das Cabras do Torneio Leiteiro
    • 22h - Aduílio Mendes - Henry Freitas - Maria Clara (Evento gratuito - praça pública)

    Domingo, 21 de julho

    • 8h às 14h - Exposição de animais e artesanato
    • 8h às 12h - Julgamento de animais
    • 14h - Forróbodança - Palco do Bode
    • 14h - Homenagem a colaboradores que contribuíram com o desenvolvimento da caprinovinocultura
    • 15h - Entrega da premiação
    • 16h - Saída dos animais do evento
    • 22h - Wallas Arrais - Thullio Milionário - Chiclete com Banana (Evento gratuito - praça pública)
Fonte G1.

domingo, 14 de julho de 2019

ESTADOS E MUNICÍPIOS ENTRAR NA REFORMA DA PREVIDÊNCIA EM PEC PARALELA ....


A nova PEC caminhará ao mesmo tempo que a PEC 6, mas permitirá que o grosso da reforma da Previdência seja promulgado mais cedo.
O Senado deverá incluir os servidores públicos estaduais e municipais na reforma da Previdência Social por meio de uma segunda proposta de emenda à Constituição (PEC). Com isso, o texto principal da reforma (PEC 6/2019) poderá ser aprovado pelos senadores no próximo semestre sem alterações.
A nova PEC caminhará ao mesmo tempo que a PEC 6, mas permitirá que o grosso da reforma da Previdência seja promulgado mais cedo. O Senado deve analisar o texto da reforma principal em agosto e, se não efetuar mudanças sobre ele, a conclusão dependerá apenas dos prazos regimentais.
A informação foi confirmada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da comissão especial que acompanha a reforma da Previdência. Ele disse que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já chancelou o plano. Davi vai conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, para garantir que a PEC paralela tenha um caminho suave entre os deputados também.
Tasso se diz “extremamente favorável” à inclusão dos estados e municípios na reforma. Eles já constavam da versão original da proposta, enviada pelo Executivo, mas foram excluídos na preparação do substitutivo da comissão especial. Para o senador, isso se deveu à atmosfera conflituosa que envolveu o assunto na Câmara. Ele acrescentou que o Senado terá mais ponderação.
— Acho que estamos todos convencidos de que a introdução dos estados e municípios é essencial para que a reforma seja completa. Foi um equívoco [da Câmara], num momento de muitas discussões. A questão foi colocada talvez de uma maneira muito emocional. Se conseguirmos passar aqui, quando voltar para Câmara, será outro clima.
Desde maio o Senado se reúne com os governadores para articular pautas de interesse dos estados, entre as quais está a aplicação das novas regras previdenciárias para eles de imediato. O apoio à inclusão é tido como um consenso.
O senador Humberto Costa (PE), líder do PT — partido que se opõe à maior parte da proposta do governo — também está de acordo com essa alteração.
— Não é possível existirem regras para servidores públicos federais que sejam diferentes das regras para servidores públicos estaduais e municipais. A ideia de que cada estado e município defina a sua, criaria uma absoluta balbúrdia no que diz respeito às aposentadorias — apontou.
Ele alertou, porém, que ainda não tem certeza sobre o caminho escolhido para fazer essa mudança, e evita falar na aprovação imediata da PEC 6.
Em junho, a Instituição Fiscal Independente (IFI) publicou um estudo sobre a situação dos regimes previdenciários estaduais. O documento identificou quadros graves em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, onde o sistema consome cerca de 30% da receita líquida.
O desequilíbrio decorre em grande medida de regras favoráveis aos segurados, como aposentadoria precoce e benefício em valor muito próximo ao da remuneração do servidor ativo.
O problema dos estados é agravado pelo fato de cerca de metade dos seus servidores pertencerem a categorias que têm tratamento especial, notadamente professores e militares.
O analista responsável pelo estudo, Josué Pellegrini, foi confirmado na semana passada como novo diretor da IFI. Em entrevista à Rádio Senado, ele defendeu a inclusão de estados e municípios na reforma, antes que o descontrole dos gastos consuma outros setores do Orçamento.
— O deficit das previdências estaduais é bastante elevado na grande maioria dos estados e tende a crescer, pressionando e dificultando o cumprimento das outras atribuições, como saúde, educação e segurança.
A "PEC paralela"
O recurso da “PEC paralela” não é inédito, e inclusive, já foi usado em uma reforma previdenciária em 2003, quando o Senado analisava a proposta que se tornaria a Emenda Constitucional 41. Aquela reforma extinguiu a aposentadoria integral no serviço público e a paridade de reajustes para servidores aposentados, além de instituir cobrança sobre o valor da aposentadoria.
Na ocasião, senadores da base do governo que eram críticos do texto firmaram um acordo para não promover alterações sobre a proposta principal, de modo a permitir a sua promulgação rápida. Em troca, apresentaram uma segunda PEC sobre o mesmo assunto, que corrigiria os pontos polêmicos. Ela foi chamada de “paralela” porque tramitou ao mesmo tempo que a PEC que continha as regras que ela mudaria.
A PEC paralela de 2003 foi apresentada uma semana depois da aprovação do texto principal da reforma na comissão especial do Senado. Promulgada em 2005, ela se transformou na Emenda Constitucional 47, que, entre outros pontos, garantia a integralidade e a paridade para servidores ainda na ativa e instituía regras de transição.
O senador Paulo Paim (PT-RS) foi um dos principais articuladores daquele arranjo. Ele rejeita a perspectiva de o Senado apenas “carimbar” a PEC 6, sem fazer nenhuma alteração sobre o conteúdo que a Câmara enviar, mas observa que a estratégia de um texto à parte pode ser bem-sucedida, como aconteceu em 2003.
— Eu estava rebelde em relação à reforma e a alternativa que criamos foi a PEC paralela. Ela resolveu para melhor a situação de muitos trabalhadores. Não posso ser contra [a ideia].
Principais pontos da reforma
Na quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, o texto-base da reforma da Previdência. Estudo da Instituição Fiscal Independente apresenta os principais pontos e estima o impacto fiscal do novo formato da proposta, em comparação com a versão original (veja detalhes na galeria de imagens acima). O segundo turno deve ficar para o segundo semestre. Só depois de uma nova aprovação a proposta virá para o Senado.
Nos dias seguintes, os deputados analisaram destaques que pretendiam modificar pontos específicos do texto, a maioria foi rejeitado, mas vingaram os regimes especiais para policiais da União e para professores, a redução do tempo de contribuição para homens e as novas regras sobre a concessão de pensões.

Fonte Agência Senado

quinta-feira, 11 de julho de 2019

BOLSONARO LIBERA R$ 178 MILHÕES EM EMENDAS PARLAMENTARES:PARAÍBA FICA FORA NÃO ESTÁ INCLUÍDA


Ao todo, foram liberadas 148 emendas parlamentares, todas da área da saúde, para fundos municipais de assistência básica, média e de alta complexidade.
No dia da votação do texto-base da reforma previdenciária, o governo Jair Bolsonaro liberou nesta quarta-feira (10) mais um pacote de emendas parlamentares, que somam cerca de R$ 178 milhões.
Ao todo, foram liberadas 148 emendas parlamentares, todas da área da saúde, para fundos municipais de assistência básica, média e de alta complexidade.
No pacote publicado em edição extra do "Diário Oficial da União", foram beneficiados deputados federais de estados como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Sergipe e Pernambuco.
Na segunda-feira (8), o Palácio do Planalto havia liberado quase R$ 1 bilhão em emendas parlamentares também vinculadas à área da saúde.
Os recursos atenderam municípios de 25 estados e foram destinados a complementar gastos de prefeitos com serviços de assistência básica, e de média e alta complexidade.
Perguntado na terça-feira (9), o presidente negou que a liberação de emendas parlamentares seja uma prática da "velha política", criticada por Bolsonaro durante toda a campanha eleitoral.
"Tudo o que é liberado está no orçamento. Então, eu gostaria de liberar tudo o que está no orçamento. E, quando acontece uma situação como essa, é normal, no meu entender. Nada foi inventado, não tem mala, não tem conversa escondidinha em lugar nenhum, é tudo à luz da legislação. É isso que deve estar acontecendo", disse.
Fonte Primeiras Notícias

POLÍCIA INTERCEPTA ÔNIBUS E APREENDE DROGAS EM BOA VENTURA

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