sexta-feira, 2 de agosto de 2019

GOVERNO ANUNCIA 18 MIL VAGAS COM SALÁRIOS DE ATÉ R$ 31 MIL NO NOVO MAIS MÉDICOS .....


01/08/19 - 13:35

 

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, assinaram nesta quinta-feira (1º) a Medida Provisória que cria o programa Médicos pelo Brasil, que vai substituir o Mais Médicos.
No total, o programa terá 18 mil vagas, sendo cerca de 13 mil em cidades com dificuldade de acesso a médico. O governo informou que pretende ampliar em cerca de 7 mil vagas a oferta de médicos para municípios com "maiores vazios assistenciais". Segundo a pasta, 4 mil novas vagas serão prioritárias para as regiões Norte e Nordeste.
A MP, assinada em cerimônia no Palácio do Planalto, entra em vigor assim que publicada no "Diário Oficial da União". Para se tornar lei, o texto precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional em até 120 dias.
Mais médicos
O programa Médicos pelo Brasil deve substituir o programa Mais Médicos, criado em julho de 2013 pelo governo federal para fixar profissionais em regiões mal atendidas. O programa admite médicos formados em universidades brasileiras ou com diploma do exterior e profissionais estrangeiros.
De acordo com o ministro Luiz Henrique Mandetta, o Mais Médicos e o Médicos Pelo Brasil funcionarão de forma paralela, inclusive em mesmos municípios, até os finais dos contratos do primeiro programa.
Nesta quarta-feira (31), o Ministério da Saúde renovou por mais três anos a participação de profissionais brasileiros e estrangeiros do Mais Médicos aprovados pelo programa em julho de 2016.
Os profissionais que atuam no momento no Mais Médicos poderão trabalhar até o final de seus contratos. Para ingressar no Médicos pelo Brasil, será preciso passar pelo processo seletivo.
No caso dos médicos estrangeiros que trabalharam no Mais Médicos, Mandetta explicou que, neste momento, só trabalharão aqueles revalidaram diploma de medicina no Brasil.
"Neste texto que nós mandamos [da MP] não há nada que trate sobre revalidação de diplomas, nem para estes médicos [cubanos] e nem para os milhares de brasileiros que foram fazer medicina no Paraguai ou Bolívia", afirmou o ministro.
Conforme Mandetta, o governo não encerrará o Mais Médicos para evitar um "vazio" no atendimento dos municípios beneficiados.
O governo fará a seleção para o novo programa após a aprovação da MP no Congresso Nacional e a sanção da lei pelo presidente da República.
O ministro acredita que até novembro será possível ter a lei sancionada e a seleção dos profissionais estruturada. Ele, contudo, não estabeleceu uma data para a primeira seleção.
Mandetta estimou eu ao final de 2020 será possível ter quase todas as 18 mil vagas do Médicos Pelo Brasil ocupadas.
"Vamos conviver com o programa anterior e o programa novo, porque eu não vou anular a lei anterior [do Mais Médicos] de uma vez. Eu poderia criar um vazio até se fazer todo o processo seletivo. Então, a gente vai coexistir", afirmou o ministro.
Mandetta declarou que considera “extremamente apropriado” o número de 18 mil vagas que o novo programa oferecerá. Segundo ele, o Brasil formará 350 mil médicos em uma década, profissionais que costumam trabalhar por 40 anos.
“Essa profissão vai se estabilizar em 1,6 milhão de médicos. 18 mil nos pareceu um número extremamente apropriado para garantir que nós tenhamos mão de obra”, disse o ministro.
Ele frisou que o novo vínculo de trabalho é mais atraente, já que haverá carteira assinada, salários mais altos, estabilidade e a possibilidade de escolha do local de trabalho conforme a classificação na seleção.
Novo programa
De acordo com o ministro da Saúde, o programa Médicos pelo Brasil terá como foco o envio de profissionais para as cidades mais vulneráveis do país e a formação de médicos especialistas em Medicina de Família e Comunidade.
O texto da MP diz que podem aderir voluntariamente ao programa os municípios de "pequeno tamanho populacional, baixa densidade demográfica e distância relevante de centros urbanos, com base em classificação definida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, incluídos os distritos sanitários especiais indígenas ou comunidades ribeirinhas".
Ainda de acordo com o texto, também poderão se inscrever os municípios de alta vulnerabilidade, "com alta proporção de pessoas cadastradas nas equipes de saúde da família que recebam benefício financeiro do Programa Bolsa Família, benefício de prestação continuada ou qualquer benefício previdenciário até o limite de dois salários-mínimos".
Segundo o governo, 4,8 mil municípios no país, serão divididos em cinco categorias no novo programa:
* Rurais remotos
* Rurais adjacentes
* Intermediários remotos
* Intermediários adjacentes
* Urbanos
Entenda as principais mudanças
Processo seletivo: antes, os profissionais se inscreviam pela internet. Agora, haverá um processo seletivo com critérios técnicos, não será apenas uma inscrição. Só podem participar médicos com registro em Conselho Regional de Medicina.
Formação: os profissionais inscritos precisarão obrigatoriamente passar por uma formação de dois anos em Medicina de Família e Comunidade. Só depois disso haverá contratação. Antes, a exigência de especialidade não existia.
Curso: para concluírem a especialização, os profissionais precisarão apresentar, como Trabalho de Conclusão de Curso, uma análise da saúde local no lugar onde estão atuando. A ideia do Ministério da Saúde é que sejam feitos planos de avaliação e ação em todos os locais em que esses profissionais atuarão.
Contração: será feita só após a obtenção do certificado de especialista em Medicina de Família e Comunidade, e no regime CLT. Antes, era paga apenas uma bolsa, sem vínculo empregatício, e por tempo determinado.
Orçamento
O secretário de Atenção Primária à Saúde do ministério, Enzo Harzheim, informou que o orçamento do novo programa em 2020 ficará na faixa de R$ 3,4 bilhões, valor previsto em 2019 para o Mais Médicos. A expectativa é não superar este teto nos próximos três a quatro anos.
O secretário explicou que há folga orçamentária para custear o aumento de vagas e de salários (atualmente, 14 mil médicos recebem R$ 12 mil mensais) do novo programa.
Ele relatou que o Mais Médicos “tem um problema de execução orçamentária”, em razão das etapas de convocação dos profissionais, o que em alguns casos leva um ano. “Nunca se gastou R$ 3,4 bilhões”, disse.
Contratações
Conforme o Ministério da Saúde, o processo seletivo para contratação de médicos será eliminatório e classificatório. O processo será para duas funções diferentes:
* Médicos de família e comunidade: médico com registro profissional (CRM), que será alocado em unidades de saúde da família para fazer curso de especialização em medicina de família e comunidade.
* Tutor médico: profissionais especialistas em medicina de família e comunidade ou de clínica médica, ambos com registro profissional, que serão contratados via CLT e atenderão em unidade de saúde da família.
Para ser contratado, o médico precisará ter registro no Conselho Regional de Medicina e ser aprovado em um curso de formação supervisionado, com duração de dois anos. Durante este período o profissional receberá uma bolsa-formação. Ao fim do curso, será feita uma prova para obtenção do título de especialista em Medicina de Família e Comunidade.
Só quem conseguir o título é que poderá ser contratado pelo programa Médicos pelo Brasil, com vínculo empregatício pelo regime da CLT. Isso vai garantir, por exemplo, que os profissionais tenham 13º salário e tenham mais estabilidade.
O Ministério da Saúde informou que nos dois primeiros anos do programa, os profissionais que fizeram curso de especialização receberão uma bolsa no valor de R$ 12 mil mensais, com gratificação de R$ 3 mil para locais considerados remotos e de R$ 6 mil para atuação com indígenas e localidades ribeirinhas e fluviais.
Segundo o Ministério da Saúde, os médicos que farão o curso de especialização terão jornada semanal de 60 horas, das quais:
* 40 horas de atendimento direto à população
* 20 horas de atividades teóricas
O médicos serão supervisionados por seus tutores, que atuam no programa, durante uma semana a cada dois meses.
Os médicos aprovados no curso farão prova para obter título de especialista em medicina de família e comunidade, o que permitirá a contratação com carteira assinada no programa.
A contratação via CLT terá quatro níveis salariais com progressão a cada três anos de participação no programa. Também haverá gratificações, assim, o primeiro nível salarial poderá chegar a R$ 21 mil e a R$ 31 mil, conforme a localidade de atuação.
A contratação será feita no âmbito Agência para o Desenvolvimento da Atenção Primária à Saúde (Adaps), criada pela MP assinada nesta quinta. A entrada dos médicos no programa acontecerá por processo seletivo, coordenado pela agência.
A Adaps atuará como serviço social autônomo, promovendo a execução de políticas de desenvolvimento da atenção primária à saúde, no âmbito do SUS, e incentivando o desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão, integrando ensino e serviço.
Índices de saúde
Com o novo programa, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, explicou que indicadores de saúde como mortalidade infantil, amputações de pé diabético e tempo médio de amamentação serão levados em consideração na distribuição de recursos para a atenção primária no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Mandetta, o assunto está em discussão com o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
"Hoje sempre é pago, pelo modelo atual, pelo que tem, número de pessoas e equipes. A gente vai partir agora não pelo que tem, vai dar garantia para eles receberem pelo que têm, mas vai também por indicadores. Aonde você vai ter também flutuação, vai ser variável também", disse Mandetta.

Fonte: G1

quarta-feira, 31 de julho de 2019

PARAIBANA MARIA KAMILA É CLASSIFICADA NA ESTREIA DO THE VOICE BRASIL ....


Na fase das Audições às cegas, a cantora de 29 anos entrou para o time de Michel Teló, que disse que ela canta muito bem.
A paraibana Maria Kamila foi classificada na estreia do The Voice Brasil, nesta terça-feira (30), na Rede Globo. A paraibana cantou a música "Feira de Mangaio" e animou os técnicos.
Na fase das Audições às cegas, a cantora de 29 anos entrou para o time de Michel Teló, que disse que ela canta muito bem. 
Maria Kamila é de Mamanguape na Paraíba, mas mora em João Pessoa. Ela é professora de canto e é vocalista do Grupo Os Gonzagas.
Fonte ClickPB

COM COBERTURA VACINAL BAIXA NA PARAÍBA ,SAÚDE ALERTA POPULAÇÃO PARA ATUALIZAR VACINA CONTRA SARAMPO ....


A Paraíba encontra-se com a cobertura vacinal de 81,87%. O ideal é subir esse dado para mais de 95%, que é a recomendação do Ministério da Saúde.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou um alerta para que a população atualize a caderneta de vacinação com a aplicação da Tríplice Viral. O alerta é para proteger a Paraíba contra o Sarampo, doença que já havia sido extinta e que foi reintroduzida em alguns locais do país.
O Sarampo é uma doença infecciosa, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir, com complicações e óbitos, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
De acordo com a chefe do Núcleo de Imunizações da SES, Isiane Queiroga, a Paraíba encontra-se com a cobertura vacinal de 81,87%. O ideal é subir esse dado para mais de 95%, que é a recomendação do Ministério da Saúde. “Dos 223 municípios paraibanos, 109 (48,87%) apresentaram coberturas vacinais adequadas, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunização – PNI. Tal situação caracteriza a existência de bolsões de suscetíveis que possibilita a reintrodução do Sarampo no Estado”, afirma.
Este ano, até a semana Epidemiológica 29/2019, terminada em 20 de julho, a Paraíba registrou 18 notificações suspeitas de sarampo, das quais 14 foram descartadas por laboratório e 4 por não preencher o critério de caso suspeito. Isiane afirma que é necessário alertar os gestores municipais para intensificarem a busca ativa na população para imunizar pessoas não vacinadas com a Tríplice Viral, principalmente aqueles locais que não alcançaram a meta de 95%.
“O objetivo é manter um alto nível de imunidade na população, reduzindo a possibilidade da ocorrência da doença. No ano de 2018, até o momento, o Estado da Paraíba atingiu 95,77% de cobertura vacinal contra o sarampo”, alerta.
O secretário de Saúde da Paraíba, Geraldo Medeiros explicou que, na região Nordeste, os casos registrados foram todos importados. Ou seja, não são casos de transmissão dentro do território. Mesmo assim, é necessário atualizar a caderneta de vacinação para a Tríplice Viral, pois a vacinação é a única maneira de prevenir a doença e evitar que o Sarampo seja reintroduzido na Paraíba.
Esquema vacinal para o Sarampo:
Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: 
  • uma dose aos 12 meses e outra aos 15 meses de idade.
Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: 
  • duas doses da vacina tríplice viral.
Adolescentes e adultos até 49 anos:
Pessoas de 10 a 29 anos  -  duas doses das vacinas tríplice viral
Pessoas de 30 a 49 anos  - uma dose da vacina tríplice viral
Profissionais de saúde, independentemente da idade, administrar 2 (duas) doses, conforme situação vacinal encontrada, observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. 
IMPORTANTE: Quem já tomou duas doses durante a vida, da tríplice ou da tetra, não precisa mais receber a vacina. Se não há comprovação de vacinação nas faixas etárias indicadas, há necessidade de adultos receberem a vacina.
Contra indicação para a vacina                  
✓ Casos suspeitos de sarampo.
✓ Gestantes - devem esperar para serem vacinadas após o parto. Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está protegida. Um exame de sangue pode dizer se você já está imune à doença. Se não estiver, deve ser
vacinada um mês, antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar.
✓ Menores de 6 meses de idade.
✓ Imunocomprometidos.

Fonte ClickPB

segunda-feira, 29 de julho de 2019

HOMEM ARMA REDE E SE DEITA NO ALTO DE ANTENA TELEFÔNICA ,NO SERTÃO DA PARAÍBA ....


A imagem mostra o homem que escalou a antena, armou a rede e instantes depois é possível vê-lo se balançando tranquilamente
Um homem armou uma rede e se deitou no alto de uma antiga antena telefônica, na cidade de Pombal, no Sertão da Paraíba. De acordo com a Polícia Civil, o homem sofre com problemas mentais e já repetiu essa ação mais de dez vezes.
A imagem mostra o homem que escalou a antena, armou a rede e instantes depois é possível vê-lo se balançando tranquilamente na rede de dormir.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirá-lo da antena. Após conversarem com o homem os bombeiros conseguiram convencê-lo a descer.
Fonte G1BR

quinta-feira, 25 de julho de 2019

BRASIL CRIA 408 MIL EMPREGOS FORMAIS NO 1º SEMESTRE, MAIOR SALDO EM 5 ANOS ....


25/07/19 - 

 

A economia brasileira gerou 408.500 empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Economia.
O saldo é a diferença entre as contratações e a demissões. Nos seis primeiros meses deste ano, o país registrou 8.221.237 contratações e 7.812.737 demissões.
De acordo com o governo, trata-se do melhor resultado, para este período, desde 2014, ou seja, em cinco anos. No mesmo período do ano passado, por exemplo, foram abertas 392.461 vagas com carteira assinada.
Os números de criação de empregos formais do primeiro semestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro e maio. Os dados de junho ainda são considerados sem ajuste.
Após três anos seguidos de demissões, a economia brasileira voltou a gerar empregos com carteira assinada em 2018, quando foram abertas 529.554 vagas formais, de acordo com dados oficiais.
Mês de junho e saldo em 12 meses
Os números oficiais do governo mostram também que, em junho deste ano, a criação de empregos formais somou 48.436 vagas com carteira assinada. Segundo o governo, esse é o melhor resultado para esse mês desde 2013 – quando foram abertas 123.836 vagas formais.
Já nos últimos 12 meses, segundo o Ministério da Economia, foram criados 524.931 postos de trabalho formais. Com o resultado de junho, o estoque de empregos estava em 38,819 milhões no final do mês passado. No final do mesmo mês de 2018 eram 38,294 milhões.
Por setores
Os números do governo revelam que, no primeiro semestre deste ano, houve abertura de vagas em sete dos oito setores da economia.
O maior número de empregos criados aconteceu no setor de serviços. Já o comércio foi o único setor que demitiu no período.
Indústria de Transformação: +69.286
Serviços: +272.784
Agropecuária: +75.380
Construção Civil: +57.644
Extrativa Mineral: +3.181
Comércio: -88.772
Administração Pública: +15.657
Serviços Industriais de Utilidade Pública: +3.340
Dados regionais
Segundo o governo, houve abertura de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, em quatro das cinco regiões do país nos seis primeiros meses deste ano.
Sudeste: +251.656
Sul: +111.455
Centro-Oeste: +76.110
Norte: +4.472
Nordeste: -35.193
Trabalho intermitente e parcial
Somente no mês de junho deste ano, segundo o Ministério da Economia, foram realizadas 15.520 admissões e 5.343 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente. Como o total de admissões nessa modalidade foi maior que o de demissões, houve um saldo positivo de 10.177 empregos no período.
O trabalho intermitente ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas, e é remunerado por período trabalhado.
No mês passado, as principais contratações dentro dessa modalidade de contrato foram: vigilante, porteiro de edifícios, recepcionista, bombeiro civil, assistente de vendas, recepcionista de casas de espetáculo, faxineiro, vendedor do comércio varejista, porteiro de locais de diversão e soldador.
Foram registradas ainda, no mês passado, 5.922 admissões nas novas modalidades de regime de trabalho parcial e 4.495 desligamentos, gerando saldo positivo de 1.427 empregos.
As novas modalidades de trabalho parcial, definidas pela reforma trabalhista, incluem contratações de até 26 horas semanais com restrições na hora extra ou até 30 horas por semana sem hora extra.
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.606,62 em junho. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve alta de 1,56% no salário de admissão, ou de R$ 24,79, na comparação com o mesmo mês de 2018.
Em relação a maio de 2019, porém, houve uma alta real de 1,42%, ou de R$ 22,57, no salário médio de admissão, informou o Ministério da Economia.

Fonte: G1

PACIENTES QUEREM MAIS ORIENTAÇÃO DOS MÉDICOS ......


25/07/19 - 

 

Entre os médicos, 96% acreditam que o autocuidado, ou seja, o cuidado consigo mesmo, é essencial para ter saúde. O bom é que 88% dos pacientes concordam com eles. Além disso, 93% dos médicos gostariam de fornecer esse tipo de informação, que inclui a prática de exercícios, alimentação saudável e um sono de qualidade, nas consultas. No entanto, há um forte ruído que impede essa comunicação.
Quase metade dos profissionais (46%) crê que seus pacientes não parecem muito dispostos a zelar pela saúde, embora 72% das pessoas afirmem estar interessadas em discutir assuntos como mudanças no estilo de vida no consultório. Pior: 75% não debateram nenhuma questão desse tipo em consultas realizadas nos últimos dois anos, mas o problema atinge os próprios médicos, já que 59% reconhecem que as demandas do trabalho os impedem de se cuidar como deveriam.
Esse é o resultado de pesquisa on-line divulgada anteontem pelo Samueli Integrative Health Programs, entidade norte-americana sem fins lucrativos. Foi feita nos EUA, mas parece sob medida para o Brasil. De acordo com seu diretor-executivo, o médico de família Wayne Jonas, “encorajar os pacientes a incorporar o autocuidado em suas rotinas não é fundamental apenas para o bem-estar de cada indivíduo, mas também um componente crítico para reduzir o peso que as doenças crônicas representam para o país”.
O levantamento envolveu cerca de mil adultos acima de 18 anos e 300 médicos. O cuidado pessoal não é a mesma coisa que a autoindulgência – quando nos fazemos um afago nos dando um presentinho ou saindo da dieta. Trata-se de um conceito amplo que abrange tudo o que é preciso para encontrar equilíbrio físico, mental, emocional, social e espiritual. Dois terços dos pacientes gostariam que seus médicos fornecessem informações e fontes de consulta sobre como administrar bem sua saúde, sendo que 64% iriam mais longe, ao desejar a inclusão de terapias alternativas nos tratamentos.
Para o doutor Jonas, que também é professor na faculdade de medicina da Universidade de Georgetown, em Washington, o que esses resultados mostram é que as pessoas querem que os médicos se envolvam de forma mais abrangente na saúde dos pacientes. “Elas querem uma parceria profunda, na qual possam discutir seu bem-estar e os fatores que têm impacto negativo”, complementa. A razão mais citada pelos profissionais para passar ao largo desses temas é a falta de tempo nas consultas: 78% relataram o problema, mas apenas 26% afirmaram que se sentiam confortáveis e confiantes para discutir esses assuntos.

Fonte: G1

MAIS DA METADE DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ESTÁ ACIMA DO PESO ....


25/07/19 - 

 

Mais da metade da população está acima do peso e a obesidade atinge um a cada cinco brasileiros, segundo dados da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2018, divulgada na manhã desta quarta-feira (25).
De acordo com o levantamento, 55,7% dos entrevistados têm excesso de peso - aumento de 30,8% desde 2006, quando o Ministério da Saúde começou a realizar a pesquisa. Naquele ano, 42,6% dos brasileiros estavam acima do peso.
Já em relação à obesidade, entre 2006 e 2018 a porcentagem de pessoas aumentou de 11,8% para 19,8%, maior índice registrado em todo o período. Apesar do recorde, o valor é considerado estável desde 2015, quando a porcentagem foi de 18,9%.
A Vigitel é realizada anualmente pelo Ministério da Saúde por meio de entrevistas telefônicas. A edição de 2018 foi elaborada com base em 52.395 entrevistas entre fevereiro e dezembro do ano passado, feitas com pessoas com mais de 18 anos nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. O critério utilizado para a avaliação do sobrepeso e obesidade é o Índice de Massa Corporal (IMC) – a partir dele, é possível identificar complicações metabólicas e riscos para a saúde.
Crescimento maior em adultos
Segundo a pesquisa, o crescimento da obesidade foi maior entre adultos nas faixas de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos.
Entre os homens, o sobrepeso é mais comum, mas a obesidade é "ligeiramente maior" nas mulheres: em 2018, 20,7% delas tinham obesidade, contra 18,7% dos homens.
"O Ministério da Saúde vem trabalhando com publicações para incentivar o uso de hortaliças e verduras, frutas locais. Incentivando também a economia local, como também o consumo de material mais fresco.", disse Wanderson Kléber de Oliveira, Secretário de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde.
"Nós tivemos excesso de peso principalmente entre 55 e 64 anos e numa população com menos escolaridade, tem a monotonia alimentar, então o acesso a alimentos mais frescos e saudáveis pode ampliar bastante esses indicadores. Esperamos que isso se reflita na pesquisa deste ano."
Hábitos alimentares e exercícios
Apesar do aumento nos índices de sobrepeso e obesidade, o brasileiro tem se alimentado melhor e feito mais exercícios físicos, indica a Vigitel.
O levantamento identificou também que entre 2009 e 2018 houve um aumento de pessoas que praticam pelo menos 150 minutos por semana de alguma atividade física no tempo livre. Há dez anos, esse hábito era mantido por 30,3% da população. Em 2018, o índice subiu para 38,1%.
O grupo demográfico que mais viu aumentar o índice de praticantes de atividades físicas foi o da faixa etária entre 35 e 44 anos e, em 2018, o índice de inatividade (sedentarismo) entre as mulheres foi de 14,2%, contra 13% dos homens.
Por outro lado, as mulheres são as que mantêm alimentação mais saudável. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a população consuma cinco porções diárias de frutas e hortaliças pelo menos cinco vezes por semana. A pesquisa telefônica identificou que, entre 2008 e 2018, cresceu de 20% para 23,1% a quantidade de brasileiros que segue essa orientação.
Considerando apenas as mulheres, esse número foi de 27,2%. Já 18,4% dos homens seguem a recomendação da OMS.
"Outra importante mudança", diz a Vigitel é a queda expressiva de consumo regular de refrigerante e suco artificial entre adultos, que caiu para cerca da metade entre 2007 e 2018. No ano passado, 17,7% dos homens ingeriam as bebidas regularmente, contra 11,6% das mulheres.

Fonte: G1

ENTENDA AS NOVAS REGRAS DE SAQUE DO FGTS E DO PIS/PASEP ....


Mudanças serão opcionais. Cada trabalhador deve analisar situação
Anunciada como possibilidade de dar mais liberdade para o trabalhador, a medida provisória que libera os saques de parte da conta do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e das cotas do Fundo do Programa de Integração Social (PIS) e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) pretendem injetar até R$ 42 bilhões na economia até o fim de 2020. Desse total, R$ 28 bilhões do FGTS e R$ 2 bilhões do PIS/Pasep serão liberados este ano. Os R$ 12 bilhões restantes, ano que vem.
Segundo a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, as medidas anunciadas hoje poderão gerar crescimento adicional do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos) de 0,35 ponto percentual até o fim de 2020. A medida tem o potencial de criar 2,9 milhões de empregos com carteira assinada nos próximos dez anos. Isso porque, segundo a pasta, reduz a rotatividade no emprego e aumenta os investimentos em treinamento, elevando a produtividade.
O modelo tradicional de saques permanecerá. Cada trabalhador terá a liberdade de escolher se quer deixar o dinheiro parado no FGTS ou sacá-lo uma vez por ano, a partir do mês de aniversário. Em relação aos cotistas do Fundo do PIS/Pasep, que atendia a trabalhadores com carteira assinada antes da Constituição de 1988, o governo pretende permitir o saque de R$ 2 bilhões, de um estoque total de R$ 23 bilhões. A medida provisória ainda precisa ser votada pelo Congresso Nacional depois do recesso parlamentar.
Entenda as novas regras para o FGTS e o PIS/Pasep
Saque de R$ 500 por conta
  • Valerá para contas ativas e inativas
  • Saques serão liberados de setembro deste ano a março de 2020. Operadora do fundo, a Caixa Econômica Federal divulgará um calendário de saque.
  • Correntistas da Caixa terão o dinheiro depositado automaticamente. Quem não quiser sacar deverá informar ao banco
    Saque nos caixas automáticos da Caixa permitido a quem tiver cartão cidadão.
  • Retiradas de menos de R$ 100 poderão ser feitos em casas lotéricas, mediante apresentação de carteira de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Saque-aniversário
  • Uma vez por ano a partir de 2020.
  • Caráter opcional, de livre adesão do trabalhador.
  • Quem quiser retirar dinheiro deverá avisar a Caixa Econômica Federal a partir de outubro deste ano.
  • Cálculo da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa não muda em nenhuma hipótese.
  • Quem migrar para saques anuais não terá direito a retirar o total da conta em caso de demissão sem justa causa.
  • Trabalhador pode voltar para modalidade anterior, sem saque anual e com direito a rescisão integral em demissão sem justa causa, mas terá de esperar dois anos depois da primeira mudança, contados a partir da data do pedido à instituição financeira.
  • Retiradas em 2020 ocorrerão em abril (para quem nasceu em janeiro e fevereiro), maio (para quem nasceu em março e abril) e junho (para quem nasceu em maio e junho).
  • Para nascidos de julho a dezembro, o saque em 2020 ocorrerá a partir do mês de aniversário até o último dia útil dos dois meses seguintes. Exemplo: quem nasceu em agosto poderá retirar o dinheiro de agosto até o fim de outubro.
  • A partir de 2021, todos os saques ocorrerão no mês de aniversário ou nos dois meses seguintes.
  • O valor do saque anual será equivalente a um percentual do saldo da conta, para todas as faixas, mais um valor fixo para contas a partir de R$ 500,01, conforme a tabela abaixo:
Divisão de resultados do FGTS
  • FGTS continuará rendendo 3% ao ano, mais a taxa referencial (TR) e distribuição de resultados, o que muda é o último componente.
  • Em vez de receber 50% dos ganhos do FGTS, trabalhador receberá 100% do resultado do fundo.
  • Distribuição do lucro será feita em agosto.
  • O Conselho Curador do FGTS dividirá o ganho total pelo número de contas dos trabalhadores.
  • A parcela será depositada na conta de cada trabalhador no FGTS, com as mesmas regras de saque que nas demais situações.

Garantia de empréstimo
  • Quem migrar para saque-aniversário poderá antecipar os recursos do FGTS, numa operação similar à antecipação da restituição do Imposto de Renda.
  • Saque anual pode ser dado como garantia de empréstimos.
  • As parcelas são descontadas diretamente da conta do FGTS no momento da transferência do recurso do saque-aniversário.
  • Segundo o Ministério da Economia, medida amplia acesso ao crédito com juros baratos, semelhantes aos do crédito consignado, porque o valor do saque foi dado como garantia.
Saque do PIS/Pasep
  • Vale apenas para quem trabalhou com carteira assinada entre 1971 e 1988.
  • Sem prazo determinado para a retirada do dinheiro.
  • Cotistas do PIS deverão fazer os saques nas agências da Caixa Econômica Federal; e os do Pasep, no Banco do Brasil.
  • Informações poderão ser obtidas nos endereços www.caixa.gov.br/pis e www.bb.com.br/pasep.
  • Saques por herdeiros facilitados. Os dependentes do cotista falecido terão apenas de apresentar a certidão de dependente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os sucessores deverão apresentar apenas apresentar uma declaração de consenso entre as partes e informar não haver outros herdeiros conhecidos
Fonte Agência Brasil

terça-feira, 23 de julho de 2019

ESTÁ NA HORA DE TRATARMOS O AÇÚCAR COMO LIDAMOS COM O TABACO?


22/07/19 - 10:05

 

Não é de hoje que observamos que a população brasileira está cada vez mais gorda - o índice de obesos cresceu 42% em uma década (entre 2007 e 2017), segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde, enquanto o índice de fumantes caiu 40% no mesmo período.
Entre as razões apontadas por pesquisadores para o aumento da obesidade estão o excesso de consumo de açúcar, especialmente aquele adicionado às bebidas açucaradas e aos produtos ultraprocessados, cada vez mais presentes na mesa dos brasileiros. São alimentos que contêm mais sal, mais açúcar, mais gordura, além de uma série de aditivos e conservantes que ninguém sabe precisamente o real efeito sobre a saúde.
Um estudo divulgado no último dia 11 na revista científica British Medical Journal afirma que o consumo de bebidas açucaradas como refrigerantes e sucos adoçados artificialmente está associado a um risco maior de desenvolvimento de certos tipos de câncer, como o de mama, próstata e intestino.
O estudo foi conduzido por pesquisadores franceses que avaliaram o comportamento de mais de 100 mil adultos e descobriram que quem ingere apenas 100 ml de bebidas açucaradas por dia tem um risco 18% maior de ter câncer.
Além disso, há diversos problemas de saúde crônicos associados ao aumento da obesidade, especialmente a hipertensão arterial e o diabetes, até pouco tempo consideradas doenças exclusivas de adultos. Estima-se que, por causa desses problemas, uma geração inteira de crianças viverá pior do que os seus pais, acendendo o alerta vermelho para pesquisadores, instituições e governo.
Afinal, está na hora de tratarmos o açúcar como tratamos o tabaco?
Cerco às bebidas açucaradas
A BBC News Brasil ouviu nutricionistas, representantes de entidades de defesa do consumidor, pesquisadores, Ministério da Saúde, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a indústria de alimentos e bebidas para discutir os malefícios do açúcar para a saúde e o que está sendo feito em saúde pública para minimizar esses danos.
A conclusão é que a preocupação com o excesso de consumo existe, tanto por parte das entidades de defesa do consumidor, que sugerem medidas mais duras, como o fim da publicidade voltada para o público infantil e alertas nos rótulos dos alimentos; quanto por parte do governo, que admite o problema e destaca como medida a assinatura de um acordo com a indústria para a redução da quantidade de açúcar nos alimentos industrializados.
Mas, para entidades e pesquisadores, isso ainda é muito pouco e o país está longe de ter uma medida realmente efetiva em saúde pública contra o açúcar.
"Com relação ao açúcar, nós estamos a quilômetros de distância do sucesso da campanha contra o tabagismo, que foi uma das campanhas de saúde pública de maior sucesso no país. E nenhum país ainda conseguiu reverter ou estagnar o índice crescente de obesidade", disse a nutricionista Maria Laura da Costa Louzada, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP), e professora do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Para pesquisadores e entidades de defesa do consumidor, o primeiro passo para lidar com o problema de maneira eficaz seria alterar a rotulagem dos alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas adicionando um símbolo de alerta indicando alto teor de açúcar, de sódio ou gordura na parte frontal da embalagem.
Depois, defendem tributar a produção de bebidas açucaradas, que no Brasil tem subsídio do governo: nos últimos dias o presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou um decreto ampliando de 8% para 10% o benefício fiscal do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para a fabricação de concentrados de refrigerantes. "Estamos na contramão dos países desenvolvidos. Cerca de 40 países tributam as bebidas e aqui concedemos isenções e créditos fiscais. O caminho do subsídio é um grande problema a ser enfrentado", avalia a nutricionista Ana Paula Bortoletto, líder do Programa de Alimentação Saudável do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Ultraprocessados
Entre os exemplos de alimentos ultraprocessados estão pães de forma, iogurtes prontos, sucos de caixinha, macarrão instantâneo, barras de cereais, gelatinas e até o aparentemente inofensivo peito de peru. São alimentos cada vez mais consumidos pelos brasileiros - pela facilidade de acesso e pelo baixo preço - mas são ricos em calorias, sal, açúcar, gordura, além de uma série de aditivos e conservantes que ninguém sabe de fato o real efeito sobre a saúde. As bebidas açucaradas incluem refrigerantes, néctares (sucos de caixinha), sucos em pó e outras bebidas adoçadas.
Trata-se de uma classificação "nova" da tabela de alimentos, que passou a ser considerada apenas em 2014 com a publicação da segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, e a adoção do sistema de classificação alimentar NOVA, elaborado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da USP.
Segundo a nutricionista Maria Laura Louzada, pesquisadora do Nupens e professora da Unifesp, a alteração ocorreu depois que pesquisadores perceberam, por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que a população comprava cada vez menos açúcar refinado, sal e óleo, mas continuavam engordando.
Ao mesmo tempo, havia cada vez mais industrializados à mesa. "Nos demos conta de que o problema não era exatamente o açúcar que adicionamos ao cafezinho, mas sim o açúcar presente nos outros alimentos", explicou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o quarto maior consumidor de açúcar no mundo (12 milhões de toneladas/ano), atrás apenas da Índia, da União Europeia e da China. Ainda segundo a entidade, o brasileiros consomem 50% a mais de açúcar do que o recomendado. Isso significa que, por dia, cada brasileiro, consome, em média, 18 colheres de chá do produto (o que corresponde a 80g de açúcar/dia), quando o recomendado pela OMS seria até 12 colheres.
O consumo excessivo de açúcar causa, entre outros problemas, danos ao fígado, que armazena glicose (um tipo de açúcar) e, em excesso, se transforma em gordura; danos ao pâncreas, responsável pela liberação da insulina (que auxilia na entrada de glicose nas células); aumento do aparecimento de cáries nos dentes; além do excesso de peso que pode evoluir para obesidade, pressão alta, diabetes e outras complicações. "Enquanto países do hemisfério Norte já consomem 80% de alimentos ultraprocessados, nós ainda consumimos em torno de 30%. É possível reverter isso, mas ainda falta muita informação", avalia Bortoletto, do Programa de Alimentação Saudável do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).
Debate sobre alteração dos rótulos
Para tentar frear a epidemia de obesidade e o aumento da ingestão de produtos ultraprocessados, pesquisadores e entidades de defesa do consumidor sugerem a alteração na rotulagem dos alimentos, incluindo símbolos na parte da frente da embalagem alertando para o alto teor de açúcar, sódio e gordura, a exemplo do que já está sendo feito no Chile e no Canadá. Hoje, os rótulos não são obrigados a informar a quantidade de determinado nutriente, apenas que ele está presente na composição.
Na avaliação da engenheira de alimentos Rosires Deliza, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, se o consumidor souber o que está de fato consumindo, ele poderá buscar comprar o alimento que ele considerar mais saudável. "É muito difícil traduzir um rótulo da forma como é feito hoje. A ordem que os ingredientes aparecem indica qual deles está em maior quantidade. O açúcar, em geral, é o primeiro da lista. Mas ninguém é obrigado a saber isso", afirma Deliza.
Para descobrir se o consumidor conseguia identificar alimentos saudáveis e não saudáveis por meio da embalagem, Deliza e uma equipe de pesquisadores da Embrapa avaliaram a eficácia da rotulagem atual, chamada GDA (referência de ingestão diária em relação a uma dieta adulta padrão), com outros seis modelos de rótulos, incluindo o semáforo nutricional (de colocar alertas em cores verde, vermelha e amarela) e cinco símbolos de alerta: octógono preto, triângulo preto, círculo vermelho, lupa vermelha e lupa preta.
"Constatamos que o modelo atual, o GDA, foi o que as pessoas tiveram mais dificuldades de indicar os alimentos saudáveis por serem rótulos confusos. Com o semáforo, gerou confusão, pois uma mesma embalagem podia ter cor vermelha por ser alta em sódio, mas também a cor verde por ter pouco açúcar. Entre os alertas, o octógono preto foi o símbolo que as pessoas identificaram mais rápido, como sendo algo prejudicial", explicou a pesquisadora.
Com base nesses dados, as entidades propõem mudanças nas rotulagens. O assunto está em discussão na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) há mais de um ano e a previsão é que uma consulta pública seja disponibilizada para a população opinar sobre o tema em setembro deste ano. Em nota, a Anvisa informou que a norma vigente sobre rotulagem nutricional é de 2003 e, apesar dos avanços, ainda há dificuldades de utilização dessa rotulagem pelos consumidores brasileiros.
"A principal razão para intervenção regulatória da Anvisa é garantir aos consumidores o acesso às principais informações sobre os alimentos, de forma simples, padronizada, precisa e compreensível, evitando práticas enganosas e contribuindo para a promoção da saúde", informou a agência, em nota. A Anvisa informou ainda que uma das principais alternativas regulatórias será, sim, o uso da rotulagem nutricional frontal com a divulgação de nutrientes considerados críticos à saúde, entre eles o açúcar.
As entidades também defendem o fim da publicidade voltada para o público infantil, associando personagens e bichinhos aos alimentos considerados não saudáveis, além do aumento da tributação das bebidas açucaradas - no Brasil, elas são fabricadas na Zona Franca de Manaus, com isenção de impostos.
Acordo com a indústria
O Ministério da Saúde admite o problema e afirmou, em nota oficial, que a prevenção da obesidade e das doenças crônicas não transmissíveis é uma das prioridades do governo. Como exemplo, cita que fez acordo com a indústria de alimentos e assumiu a meta de reduzir 144 mil toneladas de açúcar até 2022, em cinco categorias de alimentos: mistura para bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoito recheados.
"Ao estabelecer a meta até 2022, o Brasil se destaca como um dos primeiros países do mundo a buscar a diminuição do açúcar nos alimentos processados e ultraprocessados. A meta foi estabelecida por meio de um Termo de Compromisso assinado entre o Ministério da Saúde e associações representativas do setor produtivo brasileiro", diz a nota. O acordo é similar ao pacto firmado em 2011 para a redução de sódio nos alimentos, eliminando mais de 17 mil toneladas de sódio em quatro anos.
Segundo o ministério, as associações Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação); Abimapi (Associação Brasileira da Indústria de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas) e Viva Lácteos (Associação da Indústria de Lácteos) comprometeram-se com essa meta de forma voluntária.
Para pesquisadores da área, esses acordos são pouco efetivos, pois além de serem voluntários, possuem metas muito baixas.
O governo afirmou também que, no ano passado, o país assumiu o compromisso de deter o crescimento da obesidade na população adulta por meio de políticas de saúde e segurança alimentar e nutricional; como reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos 30% na população adulta e ampliar em no mínimo de 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente.
"Para qualquer mudança precisa haver uma parceria muito grande entre governo, entidades, indústria. Não adianta nada fazermos estudos, chegarmos ao resultado e não ser colocado em prática. O Chile implementou de maneira pioneira a mudança nos rótulos faz dois anos. Estamos todos querendo saber os resultados", avaliou Deliza, pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos.
Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e a Associação Brasileira da Indústria de Refrigerantes (Abir) informaram ter consciência de sua responsabilidade em contribuir com bem-estar de seus consumidores, produzindo alimentos saudáveis e seguros. "Em relação à redução do açúcar, 68 empresas associadas assinaram o termo de compromisso [com o Ministério da Saúde]. Juntas, representam 87% do mercado nacional de alimentos e bebidas", diz a nota.
A indústria de alimentos e bebidas informou ainda que apoia a mudança nos rótulos e que está contribuindo com a Anvisa. "A Rede Rotulagem, formada por 20 entidades ligadas ao setor, defende que sejam utilizados rótulos informativos com todos os dados para que o consumidor tenha liberdade de escolha. Entende que os modelos de advertência não são democráticos e comprometem a percepção do consumidor. São propostas alarmistas sem o objetivo de informar e, tampouco, auxiliar as pessoas", afirma o comunicado.
Com relação à publicidade dirigida ao público infantil, a Abia informou que possui um acordo de apenas anunciar produtos para crianças menores de 12 anos de idade que atendam aos critérios nutricionais comuns ou não anunciar produtos para menores de 12 anos. E com relação à sugestão de taxar as bebidas açucaradas, a Abir informou que "não há nenhum estudo que comprove a eficácia desta medida no combate à obesidade, doença multifatorial. Focar em refrigerantes também seria ineficaz. Dados da Vigitel/Ministério da Saúde constataram uma queda de 40% no consumo de refrigerantes na última década."
Já a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou, em nota, que "rechaça todas as pretensões de controlar o consumo de açúcar por vias regulatórias". Acrescenta que "é comprovado que a maior parte do consumo de açúcar do país provém da adição feita no preparo final dos alimentos". A Unica disse ainda ser a favor do debate de ideias e da busca de soluções que garantam a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.

Fonte: G1

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