OPERAÇÃO "PAPEL TIMBRADO" DESARTICULAR QUADRILHA QUE TERIA DESVIADO ATÉ R$200MI EM LICITAÇÕES.CONFIRA!
Operação 'Papel Timbrado' desarticula quadrilha que teria desviado até R$ 200 mi em licitações. Confira!
Sessenta e três mandados
de busca e apreensão expedidos pela Justiça do Estado da Paraíba estão
sendo cumpridos, na manhã desta quinta-feira (3).
A operação “Papel
Timbrado”, está sendo desarticulada pelo Grupo de Atuação Especial
contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB),
em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), Controladoria Geral
da União (CGU), Tribunais de Contas do Estado (TCE) e da União (TCU),
pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica e Polícias Civil e
Militar da Paraíba.
Os mandados estão sendo
cumpridos nas sedes de diversas prefeituras do Estado, de 15 empresas da
construção civil e nas residências dos sócios e também em escritórios
de contabilidade, envolvidos em um esquema de fraudes em licitações e
lavagem de dinheiro.
Os crimes sobre os quais
pesam indícios sobre os investigados são: frustração do caráter
competitivo de licitações; lavagem ou ocultação de ativos financeiros;
falsidade ideológica e participação em organização criminosa. As penas
dos crimes somadas chegam ao máximo de 27 anos de reclusão.
Participam da operação
22 promotores de Justiça, 16 servidores da CGU, um do TCU, 21 do TCE, 74
policiais militares e 81 policiais civis.
Às 11h, será concedida
uma entrevista coletiva à imprensa no auditório da Procuradoria-Geral de
Justiça do MPPB, localizado no Centro de João Pessoa.
“Papel Timbrado”
A Operação “Papel
Timbrado” objetiva apurar a comercialização ilegal de “kits de
licitação” (papéis timbrados de construtoras, certidões negativas,
contratos sociais, documentos de sócios, propostas de preços e outros
documentos comumente exigidos em licitações), boletins de medição e até
notas fiscais, no intuito de fraudar licitações e contratos junto aos
municípios paraibanos.
Investigações
preliminares realizadas pelo Gaeco demonstraram que uma organização
criminosa utiliza-se de 53 empresas do ramo da construção civil, sendo a
maioria delas “fantasmas”, para se alternar em licitações públicas,
frustrando a competitividade e fraudando licitações voltadas à
realização de obras e serviços de engenharia. O montante de contratações
destas empresas aponta para irregularidades na ordem de R$ 200 milhões.
Levantamentos realizados
pelo Gaeco também demonstram que, em três anos (de 2011 a 2013), as 15
empresas mais utilizadas integrantes da organização criminosa foram
beneficiadas com contratos cujos valores ultrapassaram R$ 60 milhões e
com pagamentos já realizados que superaram R$ 45 milhões, conforme dados
obtidos junto ao TCE-PB.
Equipes de fiscalização
da CGU visitaram obras que estariam sendo realizadas pelas empresas
investigadas em seis municípios paraibanos e constataram indícios de que
as obras são executadas pelas próprias prefeituras, sendo as empresas
utilizadas apenas como “fachada” para encobrir o desvio de recursos
públicos.
Fonte: Assessoria
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