MERENDEIRA DE ITAPORANGA SE REVOLTA CONTRA O PREFEITO E COM O SINDICATO E ABRE O VERBO.
Itaporanga: merendeira revoltada com prefeito e com sindicato abre o verbo
“Eu estou
indignada e me sentindo humilhada com essa decisão tomada de repente e
sem discutir nada com a gente, nos tratando como bicho, que é obrigado a
fazer o que o dono quer”. As palavras da merendeira Rita Pereira da
Silva refletem toda a insatisfação da funcionária municipal com a
decisão do prefeito de Itaporanga de duplicar o expediente de
merendeiras e auxiliares de serviço municipais. A partir da próxima
segunda-feira (02) eles serão obrigados a trabalhar oito horas
diariamente, ou seja, dois expedientes (manhã e tarde).
Depois de
muitos anos de serviço público, é a primeira vez que ela é obrigada a
trabalhar dois expedientes e sem qualquer reajuste salarial. Segundo a
servidora, que recebe um salário mínimo, a categoria tem direito a um
adicional de 40%, no entanto a Prefeitura ampliou o horário de trabalho,
mas não fala em melhorar o salário.
Conforme Rita,
que tem 25 anos de trabalho na Prefeitura e atualmente presta serviço na
escola Santa Mônica, todas as merendeiras e auxiliares estão revoltadas
com a decisão porque altera, repentinamente, a vida e o cotidiano dos
funcionários. “Tenho filhos para deixar na escola e cuidar, e tenho
outras obrigações, e não posso abandonar meus filhos nem minha casa”,
comentou ela, que, junto com outras colegas, pretende lutar contra o
decreto municipal.
Mas a revolta
não é apenas com o prefeito: ela está insatisfeita também com o
sindicato que representa a categoria. Em vez de defender os
funcionários, que pagam mensalmente sua taxa sindical, a entidade está é
do lado do prefeito. “No tempo do prefeito anterior, o sindicato
defendia nossos direitos, mas, depois que o prefeito atual assumiu, o
sindicato não defende mais os funcionários”, lamentou a servidora. Ela e
outros funcionários podem pedir desfiliação do sindicato.
folhadovali.com.br
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