CONTA DE ENERGIA VAI FICAR MAIS SALGADA.VEJA!
Conta de energia vai ficar mais salgada. Confira!
As recentes medidas de
socorro ao setor elétrico adotadas pelo governo irão representar um
aumento no custo da energia para o consumidor de oito pontos percentuais
durante dois anos. O aumento ocorrerá a partir do ano que vem.
De acordo com o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica),
Romeu Rufino, esse é o tamanho do repasse que será feito aos
consumidores para cobrir os empréstimos bancários disponibilizados ao
setor, que por ora devem somar R$ 17,7 bilhões.
Segundo Rufino, isoladamente, o impacto dos empréstimos não representa o aumento real que será percebido nas contas de luz.
"O reajuste [das tarifas] nunca é exclusivamente ligado ao valor do empréstimo", disse.
"É um conjunto de
fatores [que são analisados pela agência]. Ele [o empréstimo] vai
impactar a tarifa. Agora, o tamanho do reajuste tarifário vai depender
de outros fatores, não é só esse item que é levado em consideração",
afirmou.
Na lista de pontos que são levados em consideração pela agência na hora de reajustar o preço da energia está a inflação, o próprio custo da energia no ano que vem, o volume de investimentos feitos pelas empresas, entre outros.
Significa que o aumento
pode ser ainda maior ou menor, caso o governo consiga, de fato, fazer
baixar o preço da energia ao retomar concessões de geração elétrica que
vencem no próximo ano.
Rufino explicou que
ainda não é possível saber se o preço menor da energia que retornará ao
governo, por meio da devolução das concessões, anulará o tamanho do
aumento previsto para os consumidores.
"É difícil fazer
projeção. Cada empresa vai receber um certo volume de cotas dessa
reversão. Aí ela vai tirar uma parte da energia que está contratada e
trocar por uma energia mais barata", disse. "Sabemos que vai ser
bastante impactante, mas não fizemos nenhuma projeção", completou.
IMBRÓGLIO
Por causa da dificuldade financeira das distribuidoras, que não conseguem fazer frente aos gastos bilionários com compra de energia,
o governo já intermediou um empréstimo bancário de R$ 11,2 bilhões para
as elétricas e espera concluir -até a primeira quinzena de agosto- as
negociações para o segundo financiamento, no valor de R$ 6,5 bilhões.
De acordo com as regras do acordo, as distribuidoras terão dois anos para repassar esses custos para o consumidor.
ADIAMENTOS
A Aneel optou por adiar, pela terceira vez, o pagamento que as distribuidoras devem às geradoras de energia.
O valor em aberto é de R$ 1,322 bilhão e deveria ter sido pago no início deste mês.
Com a decisão, a nova data
foi fixada para 28 de agosto. Ela substitui a previsão anterior, também
chancelada pela agência, para que esse pagamento fosse feito em 31 de
julho.
A decisão da Aneel de ontem contraria a expectativa do mercado, que imaginava um adiamento
menor, até o início de agosto, entre os dias 6 e 7, quando está
agendado o próximo pagamento das distribuidoras para geradoras,
referente aos gastos do mês de junho.
Segundo Rufino, o
pagamento de agosto foi mantido para os dias 6 e 7, conforme cronograma
original, porque o valor a ser pago deve ser muito inferior: 10% da
conta atual pendente, ou seja, R$ 123,2 milhões.
Assim, as próprias empresas poderão arcar com o valor para um ressarcimento posterior.
Essa diferença, segundo ele, está no menor custo da energia neste período e na menor necessidade de compra de energia por parte das distribuidoras.
Fonte: Folha Press
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