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RIO - René Burri, celebrado por seus retratos de Che Guevara e Pablo Picasso, morreu nesta segunda-feira aos 81 anos. O fotógrafo suíço, da prestigiosa agência Magnum, estava em sua casa, em Zurique, e estava doente "há muito tempo", segundo representantes da agência.
Martin Parr, presidente da agência Magnum, lamentou a morte de Burri: "Não só ele foi um dos melhores fotógrafos do pós-guerra, como também era uma das pessoas mais generosas que eu tive o privilégio de conhecer".
Burri entrou para a Magnum em 1956 e cobriu importantes eventos políticos ao redor do mundo. Entre seus trabalhos mais famosos, estão o icônico retrato de Che Guevara fumando um cigarro, além de fotografias de Fidel Castro, do arquiteto Le Corbusier, e artistas como Pablo Picasso, Yves Klein e Alberto Giacometti.
Sobre Che, Burri disse: "Era um homem arrogante, mas tinha seu charme... ele era como um tigre em uma jaula". Na hora de fotografar celebridades, era adepto da sutileza. "Você não deve ir para cima deles como um trator", dizia. Para conseguir fotografar Picasso, passou quatro anos tentando agendar um encontro, seus amigos diziam.
Burri, que morou em Zurique e Paris, estudou na Escola de Artes e Ofícios de Zurique, e chegou a trabalhar como assistente de câmera em filmes de Walt Disney na Suíça antes de entrar para o time da Magnum. Sua primeira fotografia foi feita em 1946, quando ele tinha apenas 13 anos: um clique de Winston Churchill andando em um carro conversível pelas ruas de Zurique.
Seus arquivos de quase 30 mil fotografias foram doados para o Musée de l'Élysee, em Lausanne, na França. As informações são do jornal "The Guardian".
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