CÁPSULA FOI ENTERRADA EM DIAMANTE:ALUNOS DA ESCOLA ESCREVEM CARTA DE CONCIENTIZAÇÃO, ANEXAM IMAGENS E OBJETOS ELETRÔNICOS E SÓ VÃO REABRIR EMNO ANO DE 2030.....

Eu desperdiço. Tu desperdiça. Ele desperdiça. Nos desperdiçamos... Foi essa a maneira que o Professor Carlos José da Silva Pinto (Carlão) encontrou para chamar atenção e mobilizar a comunidade e as autoridades para o uso racional da água, em Diamante (PB).
Carlão criou um projeto denominado de “carta escrita no ano de 2015” que tem o principal objetivo de expor a realidade vivida hoje, mostrando para as próximas gerações, se o homem é ou não capaz de conservar o grande bem precioso que é a água.
(Alunos enterraram uma cápsula)
Dezenas de alunos participaram do projeto que enterrou uma cápsula contendo cartas, fotos e objetos eletrônicos na última sexta-feira (06) e só será reaberta no ano de 2013, conforme relata o professor.
Cartas abaixo:Em pleno ano de 2015, vivemos um colapso de escassez de água, a sociedade vive sérios problemas tanto sociais como hídricos.
Há anos atrás podíamos lavar calçadas, carros, banhar durante horas, desperdiçando água em grande abundancia; e hoje já não temos mais estes prazeres, agora temos que fazer tudo para não desperdiçá-la.
Havia muitos anúncios em vários meios de comunicação que diziam sobre a conscientização do cultivo à água, e ninguém lhes dava atenção, a sociedade tinha em mente que à água nunca acabaria.
Hoje, rios, barragens e vários reservatórios de água estão plenamente secos. A natureza que nos rodeia está se semelhando a um deserto pela seca brutal, tivermos de cavar poços artesianos e está foi uma das últimas alternativas de arrancar as últimas gotas de água que nos resta.
A cada dia que passa as esperanças acabam, os pastos ficam cinzentos, os animais emagrecem, vem a fome, a sede, a miséria e o medo.
Nos dias atuais os sofrimentos das nossas famílias são insignificantes. Um drama termos de carregar baldes em nossas cabeças; situação dolorosa em meio a destruição provocada pela seca.
Consciência ou não? Do desespero do homem à destruição dos rebanhos, da fome e da sede alastrada; está sendo uma das secas mais terríveis que se espalham por toda região; futuramente ninguém mais falará de rico e de pobre. Será a socialização da miséria. Se todos os humanos compreendessem o que estamos passando, revertemos esta situação.
A escola que realizou o projeto foi a Estadual Adilina de Sousa. O professor disse que tirou a ideia baseado em fatos reais que aconteceram em outros países.

Do DiamanteOnline

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