SENADO TEM SEMANA DECISIVA COM VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT DA PRESIDENTE DILMA ....
Publicado dia 10/05/2016
O tempo estimado apenas para a fase de discursos dos senadores é de 20 horas
A semana começará cheia no Senado, com
votações importantes sobre duas cassações de mandato. Os senadores se
debruçarão sobre a análise da admissibilidade do impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT)– que, se for aceita, implicará no
afastamento imediato dela do cargo – e da cassação do mandato do senador
Delcídio do Amaral. Além disso, os membros da comissão parlamentar de
inquérito que investiga denúncias contra a Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) devem concluir os trabalhos, com a votação do relatório do
senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Diante da aprovação do relatório do
senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) na Comissão Especial do Impeachment,
na última sexta-feira (6), a previsão é que o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), faça a leitura do resultado ao plenário nesta
segunda-feira (9). Com isso, começará a contar o prazo de 48 horas para
que a votação do parecer pela admissibilidade do processo seja marcada
no plenário.
Assim, a sessão para discussão do
parecer começará na próxima quarta-feira (11), mas a previsão é que a
votação só ocorra na quinta-feira (12) porque, se os senadores quiserem,
o presidente poderá suspender a sessão na quarta-feira à noite e
retomá-la no dia seguinte pela manhã.
O tempo estimado apenas para a fase de
discursos dos senadores é de 20 horas, mas o plenário ainda deve
discutir questões de ordem que serão apresentadas pela base governista e
o encaminhamento dos líderes. A previsão é que a votação ocorra pelo
painel eletrônico, sem a chamada nominal que houve na votação da Câmara.
Delcídio
Antes da votação da admissibilidade do
impeachment, no entanto, os senadores deverão se debruçar sobre a
cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral. Na segunda-feira, a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) deverá aprovar o parecer do
Conselho de Ética da Casa que recomenda a perda do mandato por quebra de
decoro parlamentar, atestando a constitucionalidade do processo.
Com isso, o plenário poderá votar, na
terça-feira (10), se cassa o senador, que foi flagrado em conversa com o
filho do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, oferecendo propina e
um plano de fuga para que Cerveró não firmasse acordo de delação
premiada com o Ministério Público no âmbito da Operação Lava Jato. O
próprio Delcídio, posteriormente, firmou esse tipo de acordo, no qual
disse que a tentativa de atrapalhar as investigações foi feita a pedido
do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma
Rousseff.
CBF
O Senado terá ainda que votar o
relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre a Comissão Parlamentar
de Inquérito do Futebol. A previsão inicial é que o relatório seja
votado na terça-feira, logo após ser lido aos membros da CPI.
Diante do anúncio feito pelo presidente
da comissão, Romário (PSB-RJ), de que apresentaria um voto em separado
para ser também analisado, a votação pode ser adiada para vistas.