RC FAZ BALANÇO POSITIVO DE AUDIÊNCIA COM TEMER E DISPARA '"NÃO SOU MESQUINHO" ....
Publicado dia 16/11/2016
O socialista solicitou recursos para manutenção do Hospital de Oncologia de Patos
Após uma hora e meia de reunião com o presidente Michel Temer (PMDB), o governador Ricardo Coutinho (PSB) fez um resumo dos pleitos que encaminhou ao peemedebista durante audiência ocorrida nesta quarta-feira (16). De acordo com ele, a crise hídrica do estado, o rebaixamento da nota da Paraíba, suportes para os Hospitais de Oncologia, em Patos, e o Metropolitano, em Santa Rita, além da liberação dos recursos referentes às multas da repatriação foram colocados à mesa. Em entrevista ao programa Correio Debate, da 98 FM, o chefe do executivo estadual ainda alfinetou adversários políticos ao afirmar que não se compara a “figurinhas que torcem pelo quanto pior, melhor” e agem com mesquinharia para “jogar ao estado no isolamento”.
O governador destacou a conversa “esclarecedora” com Temer que superou as divergências políticas.
“Não sou como umas figurinhas que trabalham pelo quanto pior, melhor. Não sou mesquinho, reacionário, quero o bem do estado que tenho a honra de governar, não posso aceitar que alguns tentem jogar o estado no isolamento, sabotar os interesses da Paraíba. Converso com todos aqueles que têm a responsabilidade de defender os nossos interesses. Eu destaco o papel do senador Raimundo Lira que desde o início tem demonstrado compromisso de ajudar o governo, a superar obstáculos”, disse.
Ricardo Coutinho revelou que sugeriu ao presidente a liberação dos recursos oriundos das multas da repatriação, atendendo a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
“É um gesto de cultivo de boas relações de se antecipar com a liberação dos recursos que já estão em depósito judicial”, falou.
Ele destacou também o superávit financeiro do estado o que, segundo ele, não justifica o rebaixamento da Paraíba.
“Discutimos a capacidade de empréstimo do estado. Não era justo com a Paraíba, um estado que não paralisou nenhuma obra, paga suas contas em dia, mesmo com as dificuldades crescentes, ficar impedido de contrair empréstimos. O presidente ficou de chamar o ministro da Fazenda nas próximas horas para discutir esse assunto”, explicou.
O terceiro eixo da transposição do Rio São Francisco foi mais um pedido levado pelo governador ao presidente.
“Esse foi o compromisso assumido em 2014 que balizou o meu apoio à chapa Dilma-Temer. É uma obra de R$ 200 milhões que seria feita pela União, bem como o sistema adutor da Borborema”, falou.
O socialista solicitou recursos para manutenção do Hospital de Oncologia de Patos, que já está concluído, e deve atender pacientes de outros estados, como o Ceará e o Rio Grande do Norte, e ajuda para equipar o Hospital Metropolitano de Santa Rita, onde o estado investiu mais de R$ 50 milhões e o governo federal repassou R$ 22 milhões. “Seria uma compensação”, avaliou.
Um decreto para delimitar a área do Porto de Cabedelo com o objetivo de atrair investimentos de grupos nacionais e internacionais ainda foi reivindicado pelo chefe do executivo estadual.
Acompanharam o governador na audiência, o senador Raimundo Lira (PMDB), o secretário de Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, João Azevedo, e o secretário de Comunicação Institucional, Luís Tôrres.