MILHO É O PRINCIPAL COMPONENTE DE DIVERSAS MARCAS DE MOLHO SHOYU DO BRASIL ,NÃO A SOJA ,DIZ PESQUISA


04/05/18 - 

 

Um grupo de pesquisadores brasileiros analisou a composição química de 70 amostras de shoyu de marcas que estão no Brasil, sendo que 58 são fabricadas no país. Os resultados mostram que muitas empresas substituem a soja pelo milho – que é o principal componente dos molhos investigados.
A pesquisa foi publicada nesta quinta-feira (3) no periódico científico "Journal of Food Composition and Analysys", assinado pelo Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e Universidade de São Paulo (USP).
No Brasil, a legislação não especifica limites e também não obriga o fabricante a usar determinadas porcentagens de soja no shoyu. Portanto, nenhum dos molhos avaliados está sendo vendido de forma ilegal.
No entanto, em países como China e Coreia do Sul, o shoyu é feito com menor proporção de outros cereais, como trigo e cevada. No Japão, uma empresa fabrica o molho do mesmo jeito há 300 anos e acabou recebendo a licença para fazer o shouy imperial, exclusividade da família real do país.
Já no Brasil, de acordo com a pesquisa, as amostras analisadas tinham menos de 20% de soja na composição, em média. Os cientistas dizem no artigo que a escolha das fabricantes pode estar ligada ao preço: em 2017, a soja custou o dobro do preço do milho.
Outro ponto que chamou a atenção dos pesquisadores é que algumas marcas de molho de soja nacionais apresentaram teores elevados de histamina, tiramina e fenilatinamina, substâncias que podem estar relacionadas a crises de enxaqueca e intoxicação alimentar, em alguns casos.

Fonte: G1

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