MAPA DE 3.000 ANOS SUPOSTAMANTE APONTA PARA LOCALIZAÇÃO DA ARCA DE NOÉ
Pesquisadores que examinam a antiga tábua de argila Imago Mundi, preservada no Museu Britânico.
Por Redação
05/11/2024 às 14:28
Mapa do mundo desenvolvido por babilônios na antiguidade (Foto: The British Museum/Wikimedia Commons)
Pesquisadores que examinam a antiga tábua de argila Imago Mundi, preservada no Museu Britânico, podem ter encontrado uma referência à localização da Arca de Noé. Esse artefato babilônico, gravado há cerca de 3.000 anos, mostra um mapa do mundo conhecido na época e contém instruções sobre uma rota até “Urartu” — identificada como o Monte Ararate, na Turquia, onde, segundo a Bíblia, Noé teria desembarcado sua arca após o dilúvio.
Na parte de trás da tábua, uma orientação sugere cruzar “sete léguas” para avistar algo “espesso como um vaso parsiktu”, um termo raro na língua babilônica que possivelmente descreve a dimensão de um barco capaz de sobreviver a um dilúvio. O termo também aparece em outros textos cuneiformes que mencionam uma arca construída por Utnapishtim, o “Noé” babilônico, que preservou sua família e animais durante um grande dilúvio enviado por Deus, segundo os relatos mesopotâmicos.
O Dr. Irving Finkel, curador do Museu Britânico, afirma que a tábua indica uma similaridade notável entre a narrativa babilônica e a história do dilúvio bíblico, sugerindo que os antigos acreditavam que seria possível encontrar a embarcação na região. Na Bíblia, a Arca repousa nas “montanhas de Ararate” após cinco meses em águas profundas, e uma análise recente de materiais encontrados na região pelo Instituto Técnico de Istambul revelou argila e materiais marinhos, sugerindo presença humana há mais de 3.000 anos.
Por outro lado, alguns estudiosos, como o Dr. Andrew Snelling, questionam a possibilidade de a arca estar no Monte Ararate. Segundo Snelling, geologicamente, essa montanha se formou após o período do dilúvio, o que excluiria a possibilidade de ela abrigar a arca. Essa discussão reforça o fascínio e o mistério sobre a possível localização do lendário navio bíblico, atraindo tanto interesse arqueológico quanto teológico ao Monte Ararate e à história do dilúvio.
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