Segundo as autoridades sanitárias do estado judeu, a paciente não estava vacinada contra o Sars-Cov-2 nem contra a gripe.
Médicos e cientistas israelenses confirmaram um caso de infecção simultânea de Covid-19 e gripe numa mulher de 30 anos, grávida e que deu à luz no Hospital Beilinson, em Petah Tikva. À ocorrência combinada de contaminação pelos dois vírus deu-se o nome de ‘Flurona’, um neologismo que une ‘Flu’, a partícula vocabular de ‘Influenza’, o vírus da gripe, com ‘rona’, de coronavírus.
Segundo as autoridades sanitárias do estado judeu, a paciente não estava vacinada contra o Sars-Cov-2 nem contra a gripe. Os informes dão conta de que ela passa bem e não apresenta sintomas graves, ainda que a haja uma preocupação de que a mulher não apresente uma evolução satisfatória para o problema.
“Ela foi diagnosticada com gripe e depois com o coronavírus. Ambos os testes deram positivo, inclusive depois que repetimos os exames”, explicou Arnon Viznitzer, diretor do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Beilinson, que ainda disse que a puérpera foi medicada com drogas para as duas infecções.
Viznitzer contou que cada vez mais mulheres grávidas chegam ao local com sintomas respiratórios característicos tanto da gripe quanto da Covid-19 e que testam positivo para a presença de um dos dois vírus. Para os cientistas, embora o caso seja único, é muito provável que outras pessoas estejam contaminadas com a perigosa combinação de doenças.
O médico explicou que o grande desafio para a paciente grávida e que apresentou a contaminação pelo ‘Flurona’ foi realizar o parto nessas condições, sobretudo pelo fato dela apresentar febre. “É definitivamente um grande desafio lidar com uma mulher que chega com febre no parto. Isso é especialmente quando você não sabe se é coronavírus ou gripe, então você se refere a eles da mesma forma. A maior parte das doenças é respiratória”, relatou Viznitzer.
O governo de Israel passou a oferecer nos últimos dias de 2021 uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 para idosos internados em instituições de cuidados especializados. Profissionais de saúde do país já foram liberados para tomar esta segunda dose de reforço. Desde o início da pandemia, 8.243 pessoas morreram por conta da Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada pelo Sars-Cov-2 em território israelense.
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