PREVENÇÃO DO SUICÍDIO: UMA TAREFA POSSÍVEL......


A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem mostrando crescente preocupação com o Suicídio, considerado um grave problema de Saúde Pública.

Desde o ano de 2002, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio é lembrado no dia 10 de Setembro, e tem como intuito destacar a importância do Apoio Emocional.

Nos municípios do Vale do Piancó, a observação e registros de ocorrências de suicídios consumados parece se intensificar com o passar dos anos. Os mitos e o medo comumente associados ao assunto reforçam o desconhecimento das pessoas.

Falar sobre o comportamento suicida permite esclarecer dúvidas e, consequentemente, pode despertar a compreensão acerca das possibilidades de prevenir a autodestruição humana

Embora à primeira vista se tenha a impressão de que o gesto suicida surge repentinamente, isso não é correto. Meses e anos de sofrimento são necessários até que o desejo de morrer supere o forte impulso que todo ser humano possui para viver (CVV – Centro de Valorização da Vida – 2006).

Um recente estudo epidemiológico realizado pela psicóloga Débora Priscila Ferreira da Silva Gomes, no município de Piancó (PB), revelou que 25% da amostra pesquisada apresentou ideação suicida (pensamentos de suicídio). Dentre as pessoas que admitiram pensar em tirar a própria vida, verificou-se que 70% possui histórico de tentativas de suicídio.Demais resultados da pesquisa permitiram confirmar conhecimentos já enunciados por outros pesquisadores, a exemplo dos fatores de risco e dos fatores de proteção contra o suicídio. 

Os fatores de proteção são condições podem contribuir para que as pessoas enfrentem as situações difíceis da vida com equilíbrio. Dentre essas: Possuir bons vínculos afetivos com familiares e amigos; Estar integrado a um grupo ou comunidade; Cultivar a espiritualidade; Estar casado ou em relação estável; Ter filhos pequenos; Estar trabalhando ou possuir segurança de renda; Ter autonomia para desenvolver atividades cotidianas; Ter momentos de lazer.

Os fatores de risco são situações que fragilizam as pessoas no enfrentamento dos problemas e desafios postos pela vida. São eles: Ter transtorno psiquiátrico (ex.: depressão, esquizofrenia); Apresentar uso abusivo de álcool e outras drogas; Estar desemprego; Ter efetuado tentativas anteriores de suicídio; Ter passado por separações e perdas familiares; Não cultivar a espiritualidade (ex.: ateus).

Você pode ajudar!
O indivíduo que pensa em suicídio é uma pessoa solitária. Tenta se comunicar com muita gente, mas tem a percepção de que ninguém o atende nem se dispõe a ouvi-lo. (CVV, 2006). Algumas frases sinalizam que determinada pessoa pode estar precisando de suporte emocional e servem de alerta para os ouvintes e familiares.

Frases de Alerta!
 “Minha vida perdeu o sentido”
 “Ninguém se importa comigo”
 “Pra mim tanto faz estar vivo ou morto”
 “Eu não aguento mais essa vida”
 “Queria acabar logo com esse sofrimento”

Faça a sua parte!
Ouça atentamente à pessoa em sofrimento, evitando julgamentos, e procure ajuda para a mesma, imediatamente! Comunique-se com alguém da família e/ou procure apoio profissional.

Onde procurar ajuda?
Centro de Atenção Psicossocial – CAPS
Núcleo de Atenção à Saúde da Família – NASF
Centro de Referência da Assistência Social – CRAS
Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS
Centro de Valorização da Vida – Disque 141 (24 horas) ou acesse:www.cvv.org.br


Débora Priscila Ferreira da Silva Gomes
Psicóloga CRP 13/5834

Especialista em Saúde Coletiva

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